Mayana Neiva

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Por Janaina Moro
Fotos: Pino Gomes – Beleza: Ricardo Tavares – Stylist: Paulo Zelenka

Atriz, escritora e apaixonada pela arte!

A bela estreará no filme “Águas Selvagens”, com direção do cineasta argentino Roly Santos, além do sucesso como protagonista em “Rotas do Ódio”, do canal Universal, que já tem terceira e quarta temporadas garantidas

A atriz, Mayana Neiva (35), após se despedir da personagem Leandra, em O outro Lado do Paraíso (Globo), que fez enorme sucesso jogando luzes para um tema delicado como a prostituição, agora se prepara para a gravação do filme “Águas Selvagens”. O longa é uma coprodução Brasil e Argentina e irá contar a história de duas nações com muitas coisas em comum, mas ao mesmo tempo tão diferentes. Emendando um trabalho no outro a atriz também se alegra em ter vivido a protagonista em “Rotas de Ódio”, do canal Universal, uma delegada empenhada em fazer justiça, o sucesso da série já garantiu uma segunda temporada prevista para setembro e uma terceira para 2019.

De beleza ímpar, a trajetória de Mayana começou aos quinze anos, quando deixou sua cidade natal, em Campo Grande, para fazer high school nos Estados Unidos, onde começou a atuar e descobriu a vocação para ser atriz. Aproveitou a temporada americana para cursar drama, pela Universidade de São Francisco, na Califórnia e com dezenove anos, após voltar dos Estados Unidos, foi descoberta enquanto representava em uma peça de teatro pela organização do certame Miss Paraíba, que a convenceu a participar do concurso. Ela então foi coroada Miss Campina Grande 2003, pelo concurso Beleza Paraíba. Na etapa estadual, venceu e tornou-se a Miss Paraíba, do mesmo ano. Já a estreia na TV aconteceu em 2007, na minissérie “A Pedra do Reino”, de Luiz Fernando Carvalho. Em seguida, engatou no trabalho “Queridos Amigos” (2008), “Som & Fúria” (2009), “Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor” (2010), até ficar conhecida nacionalmente por interpretar a modelo Desireé em “Ti Ti Ti”, depois veio a grande vilã Maria do Amparo em “Amor Eterno Amor”. Nos palcos, sua estreia aconteceu em 2001, com a peça “Hello Boy”, e no ano seguinte atuou na montagem “Paixão de Cristo: O Auto de Deus” (2002). Em 2003, no espetáculo “A Cantora Careca”. Além de atriz, Mayana se graduou em 2009 no curso de Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e lançou seu primeiro livro infanto-juvenil, “Sofia”, a artista também é formada em Letras pela PUC-SP. Confira a entrevista:

Expressão: Estava afastada da TV desde 2013, morando em Nova York. Voltou ao país a trabalho?
Mayana Neiva: Sim, eu estava morando há quatro anos em Nova York, mas já estava trabalhando no Uruguai, na série ‘El Hipnotizador’, aonde fiquei três meses, depois em outro projeto na Argentina, com a série ‘Encerrados’ por um mês, no sertão da Paraíba rodei o filme ‘Beiço de Estrada’, por um mês também e depois vim para São Paulo para realizar as gravações da série ‘Rotas do Ódio’. Passei alguns meses em São Paulo gravando a série e depois segui para o Rio de Janeiro, para gravar, O Outro Lado do Paraíso.

Expr.: No tempo fora do Brasil, fez duas séries na Argentina, dois filmes e duas peças nos Estados Unidos. Como esses projetos entraram e saíram da sua vida?
M.N.: A série que fiz na Argentina, ‘Encerrados’, veio de um contato anteriormente que tive com Benjamin Ávila, com quem trabalhei no filme ‘Infância Clandestina’. Depois do longa, ele me convidou para ser a protagonista dessa série. O filme ‘Idée Fixe’, foi dirigido por Andrew Bell, eu o conheci no coletivo de arte Apartamento 99, que faço em Nova York, e o filme ‘Beiço de Estrada’, é do Eliezer Rolim, que conheço há muitos anos. As duas peças também foram frutos do meu encontro com a Marina Montesanti e o meu desejo de levar o teatro brasileiro para Nova York.

Mayana Neiva
Mayana Neiva

Expr.: Quando adolescente já havia morado nos EUA, para um intercâmbio, experiências muito diferentes?
M.N.: Sim, na verdade eu comecei a fazer teatro quando tinha 16 anos em um intercâmbio à Califórnia, então foi uma experiência bem marcante, era um primeiro contato com tudo. Então voltar e estar em cartaz com uma peça em Nova York, já em outro ponto na minha vida, me fez crescer muito. Foi muito legal e importante para mim.

Expr.: Recentemente, fez muito sucesso na pele da dona do bordel, Leandra, na novela “O Outro Lado do Paraíso” (Globo). Houve estudos no campo da prostituição?
M.N.: Com certeza houve uma dedicação enorme na pesquisa para a Leandra. Eu sempre busco fazer um extenso levantamento sobre as minhas personagens, para entender suas motivações, suas lutas e seus medos. É importante para que o público possa sentir também. Em ‘O Outro Lado do Paraíso’, como a minha personagem era uma prostituta do interior de Tocantins, fui até o local para entender a realidade de vida delas, que é muito diferente de uma prostituta da Avenida Atlântica, por exemplo. São mulheres que muitas vezes se prostituem por valores muito baixos, o suficiente para manter o vício ou se alimentar no dia, e que não tem a opção de cuidar do corpo. Além disso, fiz uma segunda pesquisa com um viés mais político, na qual tentei entender qual o cenário da prostituição no Brasil e no mundo. Foi uma busca que mexeu muito comigo, como mulher. Através desse levantamento, conheci o discurso da feminista e prostituta suíça Pye Jakobsson, foi revolucionário para mim. Mas também assisti a obras clássicas para ter uma referência.

Mayana Neiva
Mayana Neiva

Expr.: A prostituição é tema delicado nos debates, há opiniões contra e a favor da legalização. Com sua imersão para a personagem emblemática, conseguiu ter uma opinião sobre o tema?
M.N.: É uma questão muito ambígua para mim. Não consigo dizer que sim nem que não, pois há pontos sensíveis em ambos os discursos. Acredito que a legalização pode ajudar no amparo legal dessas mulheres quanto a sua segurança, pois quando um crime contra elas é cometido, é um crime clandestino. No entanto, sabemos que existe toda uma indústria do sexo por trás e que a maioria são mulheres pobres que buscam sobreviver, neste ponto o melhor seria implementar ações que retirem essas pessoas dessa situação de prostituição.

Expr.: Você é escritora também de obra infantil. Por que crianças?
M.N.: Eu tenho uma obra só, que é ‘Sofia’. Eu sempre tive uma conexão com a literatura, sou formada nisso também, e eu queria fazer uma carta para a minha sobrinha, Marina, quando ela nasceu. Me pareceu muito interessante transformar o amor em um livro. O livro veio mais como esse desejo de amor.

Mayana Neiva
Mayana Neiva

Expr.: Dizem que escrever é procurar entender, nessa lógica, há alguma temática que gostaria de abordar em um livro?
M.N.: Sim, muitas. Eu me vejo mais como atriz, apesar de ser formada em Literatura, levo mais como um exercício de vida. O ator precisa ler, interagir com a imaginação que as leituras propõem, mas sou apaixonada por literatura. Tenho várias histórias que quero contar e ela vão vir de várias formas, espero que em breve em um novo livro.

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