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Aos 26 anos a mineira, de Piumhi, já atuou em diversas frentes das artes cênicas. Seu último trabalho nas telinhas como a vilã Valéria, em “Orfãos da Terra (Globo), veio para consolidar de vez o talento da jovem nas telinhas. A atuação chamou a atenção do público e provou que Bia é bem mais do que um rostinho bonito. A atriz acumula no currículo trabalhos significativos no cinema, televisão e teatro, exemplo disso é Petra, do longa “O Filme da Minha Vida”, ganhador do prêmio de Melhor Trilha Sonora Original. A atriz também estudou Ciência Política, confira a entrevista na íntegra:
Expressão: Recentemente se despediu do papel de Valéria, vilã em Órfãos da Terra. A personagem trazia a maldade com toques de humor, como foi desenvolver essa dualidade?
Bia Arantes: É muito especial poder experimentar as nuances de diferentes personagens. Sempre é preciso se despir de uma (mentalmente e fisicamente) para se adentar em novos universos, e eu amo essas mudanças, pois fazem toda diferença no processo de construção que me levará ao ‘tom’ da personagem. Como atriz, Valéria foi um grande desafio, pois dentro dela, eu tinha a impressão, de que existiam várias, então isso teve um sabor diferente, de transição, de propósitos. Quando podemos interpretar personagens assim, amadurecemos ainda mais. Valéria me permitiu sentir múltiplas emoções, e isso me alegrava, emocionava. Senti o público bem próximo em cada mudança. Foi um trabalho muito significativo e que já deixa saudades.
Expr.: A sua personagem fazia par com Camila, interpretada pela atriz Anajú Dorigon e trouxeram para a trama a causa LGBT. Como foi trabalhar com o tema e qual foi o retorno do público?
B.A: As novelas quando estão a serviço das questões sociais, além do entretenimento, me trazem profunda alegria e gratidão. Vivemos numa era de ódio gratuito e a intolerância está em um crescente inadmissível. Então ter a oportunidade de falar de amor é realmente transformador. O público percebe isso e representatividade traz reflexão e acolhimento. Vejo que a novela pode colaborar nesse sentido. Do público recebi amor. Isso me marcará para sempre!
Expr.: Adotou um visual diferente ficando ruiva. Gostou do resultado final? Pretende manter esse novo look?
B.A: Pretendo manter, sim. Estou muito apaixonada por esse tom de ruivo. Isso, da Valéria, me cativou demais. É uma cor vibrante, viva. E vejo que combina também com minha personalidade.
Expr.: Em sua trajetória passou por folhetins como “Cama de Gato” e “Malhação”, sua personagem em “Carinha de Anjo”, também teve grande destaque em sua carreira. Como foi trabalhar em uma novela voltada para um público mais infantil?
B.A: Foi muito especial. As crianças têm um poder de nos ensinar de diversas formas. Estar com eles foi um aprendizado mútuo, além de muito marcante para minha carreira.
Expr.: Logo depois já emendou na obra “Deus Salve Rei”. Como foi essa transição com personagens de núcleos tão diferentes?
B.A: Foi um processo maravilhoso, de questionamentos, de entrega. É natural aquele friozinho na barriga em momentos de transição, e eu só tenho a agradecer por esses papéis.
Expr.: Antes de tornar-se atriz você era estudante de Ciência Política, o que a motivou a mudar o rumo da profissão para uma área tão distinta?
B.A: Sou uma apaixonada por estudos, gosto de me inteirar das questões sociais, então quis estudar. Acho que o conhecimento é sempre válido. A atuação é meu propósito de vida, assim sigo. E estou muito feliz.
Expr.: Em 2018, esteve em cartaz com a peça “Léo e Bia”, de Oswaldo Montenegro e agora dará vira a Anna Karerina. Como está sendo sua preparação?
B.A: O teatro é algo maravilhoso. É uma oportunidade única de estar ainda mais perto do público. Estou muito animada com esse projeto. Mais uma vez me despeço de uma personagem e me entrego para outra, que é uma mulher forte, de coragem. Isso é muito inspirador.
Expr.: Atuou em longas como “Real – O plano por trás da história”, “O filme da minha vida” e “Loop”, filme com Bruno Gagliasso com previsão de lançamento até o final de 2019.
Como é sua relação com a sétima arte?
B.A: Cinema é outra paixão. Estive nas telonas em papéis que guardo com muito carinho, pois me lapidaram como atriz. Amo a profundidade que o cinema permite; é como um mergulho mais denso. E esse formato me atrai muito. Estou animada para o lançamento deste longa.
Expr.: Você é extremamente ativa nas redes sociais, como Instagram e Twitter. Acha esse contato com o público importante para o seu trabalho?
B.A: Sim, gosto de estar nas redes, de contar um pouco do meu dia, de dividir minhas impressões sobre as questões do mundo e também aproveito para estar mais próximo do público. Me sinto abastecida de carinho com as mensagens e interações dos que me acompanham.
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