Atriz e bailarina, a paulista Daphne Bozaski no auge dos seus 29 anos já deixou sua marca nas telinhas da TV brasileira, tendo protagonizado novelas e séries de sucesso.
Desde sua atuação como Benê na novela Malhação (Globo) em 2017, no qual foi indicada ao prêmio de atriz revelação do ano (e saiu como vencedora), que as oportunidades na teledramaturgia não pararam mais de aparecer.
Formada em ballet clássico, a atriz chegou a concluir dança contemporânea na Universidade Federal do Paraná. Sua carreira no teatro profissional começou em 2004, nos palcos de Curitiba. Em 2012 atuou no CPT com o espetáculo Toda Nudez Será Castigada, dirigida por Antunes Filho. Em 2013 iniciou sua carreira no audiovisual quando protagonizou a série Que monstro te Mordeu? exibida na TV Cultura e na Netflix. Atualmente está na série para o GloboPlay, As Five, com texto de Cao Hamburguer e direção de geral de Fabrício Mambert. Confira a entrevista na íntegra:
Expressão: Descreva quem é a Daphne Bozaski?
Daphne Bozaski: Essa é a pergunta que vira e mexe eu me faço. Nós atores e atrizes temos que nos conhecer para então conseguirmos criar outro personagem, eu acredito muito nisso. Porém com o passar do tempo nós vamos mudando, até por conta do que aprendemos em cada trabalho e na vida pessoal.
Então, acho que a resposta para essa pergunta é sempre uma incógnita.
Mas poderia dizer que hoje, me vejo como uma mulher muito mais confiante em minha intuição, e isso me fortalece para eu saber me colocar nas diversas situações da vida.
Exp.: Como surgiu o encanto pela atuação?
D.B.: Acredito que o encanto começou desde quando eu estava na barriga da minha mãe, Ivete Bozaski. Ela trabalhou muitos anos como atriz, e eu sempre a acompanhei nos teatros. Até ela começar a dar aula.
E eu como uma brincadeira comecei a fazer teatro, sem muita pretensão, quando vi a arte já fazia parte do que eu era e do que queria seguir como profissão.
Exp.: Ficou conhecida por ser uma das protagonistas Benê, em Malhação: Viva a diferença (Globo). Como foi participar da novela teen? Sente saudades?
D.B.: Foi um grande marco na minha carreira, além de ter sido a minha primeira novela. Fazer um projeto para o público jovem com o texto do Cao Hamburguer, fez com que pessoas de diversas idades se interessassem pela nossa Malhação. Ganhamos o prêmio de melhor série no Emmy Internacional Kids 2018, e um grande fã clube que nos segue até hoje. E eles fizeram tanto barulho nas redes sociais, para que a Malhação tivesse uma continuidade, que nasceu o projeto As Five, uma série para o GloboPlay. Então sou muito agradecida por todos os frutos que ainda estamos colhendo com a nossa Malhação.
Exp.: E por falar em protagonista você também foi a da série Que monstro te Mordeu? exibida na TV Cultura e na Netflix… Também estrelou As Five no Globoplay. Conte-nos um pouco sobre esse projeto?
D.B.: A série “Que monstro te mordeu?”, foi meu primeiro trabalho no audiovisual, são 50 episódios, foi onde eu aprendi sobre o universo de trabalhar para a câmera. Já As Five nasceu da grande repercussão da novela Malhação Viva a Diferença. Porém com uma linguagem totalmente diferente da novela.
Abordamos temas como a busca pela independência das personagens, e os desafios da entrada na fase adulta da vida.
Gravamos 10 episódios para o GloboPlay, e atualmente passamos na TV Globo. E já temos mais duas temporadas programadas para serem gravadas ano que vem.
Exp.: Foi indicada em vários prêmios como o Prêmio Contigo, Extra de televisão e F5. Além de Séries em Cena Awards e por fim Melhores do Ano RD1 pela atuação em Nos Tempos do Imperador (Globo),tendo vencido como melhor atriz revelação. Qual foi o sentimento?
D.B.: Nosso trabalho só faz sentido se o público se identificar. Acredito que essas indicações reforçam isso, o quanto a nossa arte tem o alcance de tocar as pessoas.
Exp.: Estudou balé clássico e dança contemporânea na Universidade Federal do Paraná. Quais os benefícios a dança trouxe para sua vida?
D.B.: Todos!! Acredito que estar com o corpo pronto para qualquer personagem que aparece é fundamental. Pois, ao criar uma personagem, estamos emprestando nosso corpo para outro que será criado. Ter noção de dança sempre me ajudou nessas construções.
Exp.: Com quase 1 milhão de seguidores no Instagram, como você lida com essa exposição?
D.B.: Tento ser espontânea, gosto muito de colocar o que estou vivendo, principalmente divulgando os meus trabalhos. Nos dias de hoje, o Instagram acabou virando uma vitrine de quem somos. Por isso acredito que tem que ter responsabilidade com o que se posta.