A bela atriz Mayana Neiva, nasceu em Campina Grande (Paraíba) e antes de se tornar atriz, chegou a ser Miss Paraíba. O sucesso nacional chegou ao interpretar a modelo Desireé em Ti Ti Ti, depois vieram muitos outros personagens, a exemplo de Maria do Amparo, em Amor Eterno Amor, Leandra em O Outro Lado do Paraíso ( ambas na Rede Globo) e a mais recente delegada Carolina Ramalho na série Rotas do Ódio (Globoplay), entre outros personagens marcantes.
Uma curiosidade sobre a atriz é que ela se formou em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e lançou seu primeiro livro, intitulado Sofia, de cunho infantil. Confira a entrevista na íntegra:
Expressão: Em seus trabalhos, você já interpretou mulheres fortes e inspiradas em histórias reais. No seu ponto de vista, qual a importância dessa representatividade na televisão/streamings?
Mayana Neiva: Eu acho que é a representação da mulher real. A mulher brasileira é uma mulher forte. E é importante mostrarmos isso na TV e no streaming. Aquela ideia de mulher como sexo frágil, ela é ultrapassada.
Eu cresci rodeada de mulheres fortes, interessantes, que não tem nada de frágil. Como telespectadora, eu gosto de me reconhecer no que eu vejo.
Acho que é justa essa representação nossa, do jeito que somos. E tenho orgulho de poder representar essa mulher com o meu trabalho.
Expr.: Por que optou pela carreira artística?
M.N.: Por que eu não seria feliz fazendo outra coisa. Essa é a verdade. É através da arte que eu me expresso, que eu coloco para fora angústias, reflexões, pensamentos… Pode ser atuando, cantando, escrevendo… Eu sou artística. A arte é o meu canal. Não consigo me ver descolada do caminho artístico. É muito mais um chamado mesmo.
Expr.: Em “Rotas do Ódio”, a delegada Carolina comanda a Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. Como é a experiência de protagonizar uma série com uma temática tão densa?
M.N.: Carolina é uma personagem muito especial para mim. Uma das mais importantes, posso dizer. Nossa série é um retrato da triste realidade que vivemos. Crimes de ódio são cada vez mais crescentes. E colocar o holofote nesse tema é muito importante. A série faz isso. Ela mostra como a intolerância, como a falta de empatia e respeito estão presentes na nossa sociedade.
Temos uma atriz que, a Renata (Perón), sofreu uma agressão por ser transexual. É triste pensar que o ódio move muita gente. Rotas do Ódio é uma série necessária, com uma temática importante. Tenho muito orgulho desse trabalho.
Expr.: O longa neo-noir “Águas Selvagens” se passa na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai e contou com elenco internacional também. Como foi essa experiência?
M.N.: Eu venho construindo uma carreira muito diversa, o que me deixa feliz. Fiz série no Chile, na Argentina, filme nos Estados Unidos. Gosto muito dessa troca cultural que o trabalho me permite.
Além de conhecer lugares, é sobre conhecer costumes, histórias. E eu tenho isso muito forte em mim. Eu aproveito cada oportunidade que eu tenho para mergulhar nessa troca. Isso me enriquece como artista, como ser humano.
Expr.: A novela Ti ti ti (Globo) está sendo reprisada agora no Vale a Pena Ver de Novo, essa produção foi um marco em sua carreira?
M.N.: Foi sim! Eu já tinha feito outros trabalhos na TV, mas eram séries. Tititi foi a minha primeira novela, em um horário das 7, que tem uma repercussão grande.
E a novela foi um sucesso. Até hoje eu sou chamada de Desirée.
Tenho um carinho muito grande por esse trabalho, porque foi com ele que ganhei dimensão nacional e pude aprender essa engrenagem de fazer uma novela, que é um processo diário.
Expr.: O BBB 21 foi campeão de audiência. Como ver sua conterrânea Juliette ganhando o reality?
M.N.: Fiquei muito feliz pela Juliette. É uma alegria ver uma nordestina, como eu, divulgando a minha terra, a nossa cultura.
E mais do que isso, é lindo ver a identificação das pessoas com ela. Tenho muito orgulho do lugar que eu vim, das pessoas que lá vivem.
Expr.: Como gosta de cuidar da saúde do corpo e mente?
M.N.: Eu gosto mais de cuidar da mente, embora não deixe o corpo de lado. Mas de que adianta o corpo em dia e a mente não? Cuido muito do meu equilíbrio, do meu bem-estar. O corpo é uma consequência. Faço exercícios, tenho uma boa alimentação. Não tem fórmula secreta.
E acho que temos que nos sentir bem com a gente, sem querer nos espelhar no outro. Cada um tem o seu jeito de ser feliz e se sentir bem.
Expr.: Como tem encarado este momento difícil de pandemia pelo qual temos passado?
M.N.: Triste demais tudo o que estamos passando. Muito esperançosa com a vacinação. Perdemos mais de meio milhão de vidas, impossível passar ileso por isso.
Como eu disse, minha preocupação foi com a minha mente, porque acho que todos nós fomos afetados nesse processo. Uns mais, outros menos. Mas todo foram tocados de alguma forma.
Expr.: Qual sua expectativa profissional para esse ano e o próximo? Está com algum projeto em mente?
M.N.: Gravei uma série para Netflix, Temporada de Verão, que é uma obra leve e bem gostosa de assistir. Anda vai estrear.
Tenho também um projeto musical chegando em breve. Livro para lançar. Tenho bastante coisa engatilhada para os próximos meses.