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Estamos na Era da Educação 3.0 e o setor educacional é um dos mais promissores da atualidade. Com tecnologia disponível dentro e fora das salas de aulas, o mercado de educação e tecnologia conta com 364 Edtechs

No próximo dia 28 de janeiro, a maioria das escolas da rede particular iniciará mais um ano letivo. Milhares de alunos voltarão para as salas de aulas e um universo de novidades será apresentado. Nas questões que envolvem tecnologia e inovação, as escolas precisam se reinventar todos os anos, com uma metodologia de aprendizagem rápida e constante; afinal, os jovens que estudam hoje precisam se preparar para profissões que ainda serão criadas.

O setor de educação é um mercado em franca expansão e, portanto, com inúmeras oportunidades. O Brasil possui mais de 50 milhões de estudantes (de todos os níveis), aproximadamente 2 milhões de professores e mais de 200 mil instituições de ensinos regulamentadas. Ao unir a educação e a tecnologia, surgiu o termo Edtech, que revolucionará a forma de ensinar, aprender e, ainda, de gerir as escolas. Os colégios precisam estar inteiramente conectados com a educação online e entrar para a Era da Educação 3.0.

E por que o setor educacional tornou-se tão promissor? Pois há inúmeros problemas para serem resolvidos, desde a estrutura física, método de ensino, alunos desestimulados, administração e gestão etc. De acordo com o mapeamento realizado em parceria pelo CIEB – Centro de Inovação para a Educação Brasileira – e ABStartups – Associação Brasileira de Startups, existem, em todo o País, 364 Edtechs, e elas estão distribuídas em seis macrogrupos: jogos educativos (43), plataformas adaptativas(15), sistema gerenciador de aprendizado (54), sistema gerenciador de conteúdo (179), sistema gerenciador educacional (69) e sistema de informação estudantil SIS (4).

Dentro das salas de aulas

Volta às aulas: escolas abrem as portas para novos players de mercado
Volta às aulas

A tecnologia está presente na vida de crianças, adolescentes e adultos e ignorá-la é um grande erro. Para sair do contexto tradicional de ensino e atualizar os métodos de aprendizagem em uma aproximação da realidade entre professores e alunos, as Edtechs apresentam soluções inovadoras, com modelos de negócios que vão ao encontro da nova necessidade daqueles que serão preparados para o futuro mercado de trabalho. De Realidade Aumentada à Impressão 3D, Inteligência Artificial, Robótica, Internet Quântica etc… O jeito de aprender não é mais como há dez anos.

Foi o que perceberam os co-fundadores da StoryMax, Samira Almeida e Fernando Tangi, que trabalham com a publicação de livros digitais interativos em forma de aplicativos desde a primeira infância até o fim do ensino médio. “Eu e meu sócio atuamos por mais de uma década no mercado editorial e foi de dentro das publicadoras que percebemos que o comportamento do leitor mudou e que os livros ficaram menos atraentes. A leitura estava cada vez mais restrita aos espaços de educação formal”, contou Samira que, a partir de então, iniciou os aplicativos de literatura (livros e bancas de livros, com ilustração, animação, interatividade, conteúdo de atualidades). “A parte importante da tecnologia nas escolas está relacionada, justamente, em proporcionar espaço (físico e temporal) para a comunicação: seja quando falamos de material educativo mais atraente e transversal (que permite a educação por projetos e o desenvolvimento de diferentes talentos e conhecimento de cada aluno, e no incentivo de trabalhos conjuntos), e quando se trata de sala de aula invertida (que auxilia no debate em sala de aula e não apenas na transmissão de cima para baixo)”, detalhou Samira. A tecnologia de infraestrutura possibilita maior engajamento dos pais com a vida escolar dos filhos, o que é comprovadamente relevante no sucesso do processo de aprendizagem. “Tudo é tecnologia e comunicação, então, quando houver um uso criativo e consciente, é de extrema valia”.

Além do setor de educação ser um dos mais promissores da atualidade, para Samira é também o mais desafiador, especialmente para os empreendedores. “A metodologia, as ferramentas, os objetivos e os resultados que se buscam são antiquados e, provavelmente, não levarão a um futuro próspero. Existe uma dor neste segmento, e ninguém nega que ela existe, e há estudos que apontam os caminhos relevantes desta transformação”, disse ela. O desafio é criar e ter sucesso na implementação das possíveis soluções e torná-la escalável.

Fora das salas de aula 

Volta às aulas: escolas abrem as portas para novos players de mercado
Volta às aulas: escolas abrem as portas para novos players de mercado

Além da parte didática e de conteúdo, existem empresas que entregam soluções para uma melhor administração e gestão de demandas burocráticas das escolas, a fim de que as instituições foquem no ensino. Elas oferecem praticidade, comodidade, segurança e economia. E, se existe um problema a ser resolvido, é o caos que a maioria das escolas vive diariamente no período da saída dos alunos (filas duplas, carros estacionados em locais proibidos, trânsito, além da exposição à violência urbana).

Ao passar por este tipo de situação, o empresário Leo Gmeiner criou o aplicativo Filho sem Fila que, desde 2013, com apenas um toque no celular minimiza os problemas gerados ao trânsito do entorno escolar e, ainda, prioriza a segurança de pais e alunos, economizando tempo e combustível. “Estava na fila de carros esperando pelos meus filhos, quando tive essa ideia. Com apenas um toque antes de sair de casa ou do trabalho para buscar os filhos, os pais ou responsáveis notificam a escola por meio do app. Ao se aproximar do colégio, um aviso é enviado automaticamente para o mesmo, que inicia a preparação do aluno para a saída, deixando-o pronto para o embarque. Desta forma, basta encostar o carro na porta da escola e pegar a criança/adolescente, sem que seja necessário procurar por uma vaga na rua e estacionar”, explicou Gmeiner. Hoje, com mais de 90 mil usuários entre alunos e responsáveis, estima-se um ganho de 30 horas/ano por pai, e mais de 330 mil horas economizadas.

E para inovar não há limites, veio então a melhoria. “Agora, existem as etiquetas eletrônicas instaladas nos carros dos pais/responsáveis que buscam os filhos na escola. Elas funcionam com uma tecnologia similar à do Sem Parar, identificando os veículos quando estão em frente à escola (este é um benefício primordial, uma vez que validam os automóveis que entram nas escolas)”, explicou Gmeiner.

Pensa que terminou? Para quem utiliza o transporte escolar é possível monitorar as crianças/adolescentes. Os motoristas destes veículos possuem um aplicativo que, a um único toque por criança, mantém os pais informados sobre todo o trajeto casa/escola. “O condutor do veículo apenas seleciona o itinerário e, automaticamente, o app notifica os pais quando o veículo estiver se aproximando do local de embarque/desembarque. Isso otimiza a organização das famílias e, ainda, economizará tempo, uma vez que pais e alunos se dirigem ao portão no momento em que van estiver estacionando. Também é  possível acompanhar em tempo real, o trajeto do ônibus”, concluiu Gmeiner.

Sobre o Filho sem Fila

O aplicativo foi idealizado e desenvolvido em 2013, a partir da necessidade de um pai que identificou um método para aumentar a segurança de todos e reduzir a perda de tempo durante esta rotina diária. O Filho sem Fila é o primeiro aplicativo a proporcionar segurança e agilidade a alunos, pais e equipes escolares durante a hora da saída.

Atende mais de 150 escolas em todo o País, e está presente em mais 20 Estados e 52 cidades, nas quais promove economia de cerca de 30 horas/ano para cada pai que utiliza o sistema diariamente. Atualmente, são mais de 35 mil alunos e 60 mil pais ou responsáveis usuários do sistema.

Alguns números:

Redução de 50% do tempo total de saída de alunos
Ganho de 30 horas/ano por pai
Cerca de 90 mil usuários entre alunos e responsáveis
Mais de 2,2 milhões de chamados de alunos
Mais de 568 mil horas economizadas

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