A atriz e apresentadora Tainá Müller, é muito conhecida por seu talento e dedicação na atuação. A estrela do grande sucesso “Bom dia, Verônica” (Netflix) como a escrivã Verônica que lhe rendeu o Prêmio SEC Awards, na categoria de “Melhor Atriz em série nacional”, agora se prepara para a produção do documentário “Apollo” do qual é produtora e co-diretora. Além disso, a musa contou à Expressão como foi interpretar grandes papéis como Marilyn Monroe na peça “Os Desajustados”. Confira:

Expressão: Atualmente você é protagonista na série “Bom dia, Verônica” (Netflix), como foi interpretar a personagem Verônica Torres?
Tainá Muller: Foi um dos maiores presentes da minha carreira poder fazer uma personagem-título desse peso, em uma série que acabou dando certo. Eu vivo Verônica desde 2019 e ela me transformou e acompanhou minhas transformações internas desde então. Hoje, quando vejo pessoas de todos os gêneros e classes sociais comentando que gostam da série nas ruas, sinto que cumpri minha missão com a Verô!

Exp.: Como você se preparou para o papel de Verônica? Você teve que aprender algo novo para o papel?
T.M.: Foram longas jornadas para cada temporada, tive o apoio de preparadores como Ana Kfuri e Malu Vale. Fiz laboratório em delegacia, tive que aprender a lutar e a atirar. Foi um mergulho no universo dos policiais.

Exp.: Qual é a mensagem principal que você espera que o público tire da série?
T.M.: Difícil dizer, porque uma obra bate diferente para cada pessoa. Mas muitas mulheres na rua me agradecem pela série, pela personagem e dizem que, de alguma forma, a séria as ajudou a despertar.

Exp.: Tem algum momento que te marcou na série?
T.M.: Nossa, são muitos. Mas acho que a troca com cada ator e atriz foi muito marcante. “Bom Dia, Verônica” é uma reunião de muitos talentos gigantes e pude aprender um pouco com cada um que contracenei.

Exp.: O que podemos esperar de Verônica nesta nova temporada? Algum spoiler?
T.M.: Podemos esperar uma Verônica encontrando a própria essência.

Exp.: Começou sua trajetória como modelo em Milão, Hong Kong e Bangkok, logo após tornou-se atriz, como aconteceu essa transição de carreira?
T.M.: Eu fiz temporadas como modelo até que o Leo Gama, que antigamente buscava talentos para Globo, fez um teste comigo através da minha agência em Porto Alegre e a partir daí quis me chamar para a “Oficina de Atores da Globo”. Mas como eu já trabalhava há algum tempo atrás das câmeras, tinha me comprometido em ser assistente de direção do longa “Cão sem Dono”, de Beto Brant. Quando pedi para sair do filme para ir à Oficina e me dedicar ao sonho de ser atriz, fui chamada para protagonizar o filme.

Exp.: Participou de grandes produções de novelas, dentre elas “Insensato Coração” (Rede Globo), interpretando Paula Cortez, que acaba tendo um final surpreendente, como foi para você dar vida à  personagem?
T.M.: Foi minha primeira grande oportunidade na televisão e a partir dessa personagem fui contratada pela Globo por dez anos. Paula era uma esnobe tão ridícula que chegava a ser engraçada e acabou que cresceu na trama, mudando ali minha vida!

Exp.: No teatro você já chegou a interpretar a Marilyn Monroe, na peça “Os Desajustados”, quais foram os maiores desafios que você enfrentou para dar vida à musa icônica ?
T.M.: Foi um desafio imenso mergulhar no abismo da Marilyn. Eu me preocupei mais em dar a minha interpretação para os dramas dela do que imitá-la. Pensei que assim eu poderia fazer mais jus a sua verdade do que ser só mais uma cosplay. A direção do Daniel Dantas me estimulou a isso e deu certo! Gostei muito de ter feito esse espetáculo.

Exp.: No ano passado venceu o prêmio SEC Awards, na categoria de “Melhor Atriz em Série Nacional”, o que isso representou para você?

T.M.: Ah, premiações são sempre muito gratificantes, especialmente se vem de voto do público como esse! Acho que é mais um reconhecimento para a série, que justifica estarmos agora chegando na “season finale”.

Exp.:  Também trabalhou no elenco de “Tropa de Elite 2” (2010), como Clara, uma repórter infiltrada que faz de tudo pela melhor matéria. Sabemos que você possui formação em Jornalismo, isso facilitou na hora de dar vida à personagem?
T.M.: Com certeza minha formação ajudou! Acho que todas as nossas vivências ajudam na hora de compor uma personagem e com a Clara não foi diferente. Apesar de aparecer pontualmente no filme, esse foi um dos papeis mais difíceis da minha carreira, pela complexidade que foi o processo.

Exp.: Você tem algum projeto futuro em mente? Pode compartilhar conosco?
T.M.: Tenho o projeto de produzir os conteúdos que me interessam e minha primeira experiência com isso será o documentário “Apollo”, que estou produzindo e co-dirigindo.