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“A relação é construída com o tempo, com proximidade e distanciamento, presença e ausência, daí a importância dessas mães também se olharem e conseguirem se valorizar enquanto mulheres”
Em minha prática percebo mães se sentindo culpadas pelo que não vai bem com seus filhos e acreditando que tais questões só acontecem com elas. Acreditam, que o papel da mãe deveria ser lindo como nos poemas recebidos nas mídias sociais e nos grupos de mães.
As mães identificadas com seu bebê possuem sabedoria, porque também foram filhas, sabem mais sobre seus filhos do que qualquer outro profissional e, muitas vezes, apenas falta confiança, alguém que valide seu papel de mãe.
Quando há a descoberta da gravidez dizem que nasce uma mãe, acredito no início de um período de expectativa e preparação. As mães nascem junto com os bebês, tendo contato com o real, sustentando um corpo frágil e ávido pela vida e deixando o ideal para trás. Não é mágico como contam para uma gestante, que ansiosamente imagina o parto sonhado e uma amamentação sensacional! Pode ser, mas se não for está tudo bem. As mães não são perfeitas e nem devem ser.
Uma mãe suficientemente boa é aquela que se identifica com seu bebê, consegue proporcionar um ambiente favorável e, posteriormente, falhar quando preciso. Sim, as falhas fazem parte e são necessárias para o processo de amadurecimento do bebê.
Ao mesmo tempo, ao nascer mãe e bebê, não nasce a relação mãe/bebê… é como se os dois em separado precisassem num primeiro momento formar uma unidade, a mãe dando suporte para o bebê com seu jeito de sustentá-lo no colo, que dá indícios de preferir ser segurado de um jeito ou de outro, a fala dirigida da mãe e o retorno que possui com um gesto do bebê, a troca de olhares… a relação é construída com o tempo, com proximidade e distanciamento, presença e ausência, daí a importância dessas mães também se olharem e conseguirem se valorizar enquanto mulheres. O sentimento de fortalecimento da mulher pode validar seu papel de mãe, sua confiança.
Mamães parabéns pelo seu dia, por serem simplesmente mães, sem qualquer superlativo.
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Psicóloga (CRP06/76281), psicanalista, pesquisadora pela Universidade de São Paulo. Consultório em Santo André e Perdizes. Atendimento de bebês, crianças, adolescentes e adultos. mokapsi@hotmail.com – (11) 99129-7710
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