Estrela brasileira da Disney, Gabriella Di Grecco é dona de um currículo bem diversificado: fez dança na Broadway, estudou na American Academy of Dramatic Arts, é tecnóloga em Ciências Ambientais, se especializou no bioma do Pantanal, praticou Arte Samurai no Japão, com o mestre Samurai Tetsuro Shimaguchi, treinador e coreógrafo do filme Kill Bill, e tudo isso é apenas uma pequena amostra dos feitos de Gabriella.
Colecionando fãs pela América Latina e Europa, após se destacar como a co protagonista da série argentina “Disney Bia”, uma das maiores audiências do Disney Channel e atualmente disponível no Disney+, Gabi, como é chamada pelas “Senhoras” (nome do seu fandom), em breve poderá ser vista em um dos papéis centrais na nova série de Miguel Falabella, que segundo o próprio “terá uma pegada meio Glee”, para o Disney+. Intitulada “O Coro: Sucesso, aqui vou eu”, a trama unirá artistas completos, que cantam, atuam e dançam, e promete não apenas grandes números musicais, mas abordagem de temas espinhosos.
Tendo entre seus trabalhos os musicais “Cinza”, de Jay Vaquer, e “Vamp – O Musical”, dirigido por Jorge Fernando, além de passagens em três novelas no nosso país, entre elas a protagonista Emilia na fase jovem de “Além do Tempo” (Globo) e o sucesso do SBT “Cúmplices de um Resgate”, que está constantemente no TOP 10 das produções mais assistidas da Netflix Brasil, Gabi conversou com exclusividade com a Expressão sobre carreira, seu novo trabalho, a estreia como diretora artística com o clipe “Checkmate”, próximos projetos e mais! Confira:
Revista Expressão: Você interpretará a Nora Labbra, uma das protagonistas de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”. O que você destacaria na construção dessa personagem? O que o público pode esperar da série?
Gabriella Di Grecco: Interpretar a Nora é um deleite! É uma personagem que me convidou a explorar o inesperado, o diferente. Essa característica é uma das coisas que eu mais curto nela!
O público pode esperar algo lindo, de muito bom gosto e uma história que te mantém atento e ansiando por mais.
As músicas são belíssimas, o roteiro é envolvente, os personagens são incríveis, os atores estão muito bem preparados, o visual, a direção… Temos tudo para competir a nível internacional num patamar alto.
Eu fico muito feliz de ver e ser parte de algo com esse porte feito no Brasil. O público não perde por esperar.
Expr.: Você chegou a ser dirigida e contracenou com o Miguel Falabella. Como foi a experiência de trabalhar com ele?
G.C.: Eu costumo dizer que estar com o Miguel é uma masterclass quando o assunto é arte. Ele sabe muito sobre diversas áreas da arte, faz muitas coisas nessas diferentes vertentes e faz todas elas muito, mas muito bem. Isso ficou bem visível ao contracenar com ele. É muito impressionante porque se vê que ele está presente como ator, diretor, autor da série. Me inspira demais.
Nesse lugar de inspiração também, o Miguel é uma pessoa muito generosa, é incrível a sua capacidade de oferecer e de abraçar as pessoas.
Expr.: A série “Bia” foi exibida em mais de 40 países. Como é participar de uma produção conhecida em tantos lugares do mundo?
G.C.: É uma experiência bastante particular. Ter contato com gente de países que você nunca imaginaria que a sua arte iria chegar é muito lindo. Mostra que a arte realmente não tem fronteiras quando você está contando uma boa história. E ainda me surpreendo com isso. No meu instagram, por exemplo, recebo recado de gente da Polônia, Eslováquia, México, França, Equador, Brasil, e tantos outros países tão diferentes uns dos outros. Adoro conversar e aprender com essa galera! É muito rico ver como eles se expressam sobre diferentes temas e ao mesmo tempo é bastante revelador ver que todos são muito parecidos quando estão expressando amor, admiração, afeto… isso me faz pensar que são essas coisas que nos unem, mas não olhamos pra isso.
Expr.: Você tem um público bastante fiel nas redes. Como você lida com a responsabilidade de ter uma voz de tamanho alcance? Quais são as causas que te movem e sensibilizam?
G.C.: Antes eu via isso de uma forma que me gerava ansiedade, me sentia pressionada. Depois passei a ficar mais em paz com isso. Mas precisei olhar para isso de forma muito sincera para ter essa tranquilidade. Nessa sinceridade, eu percebi que tenho na minha mão uma excelente ferramenta para trazer alguma coisa boa para as pessoas.
Nisso, a causa que me toca e me sensibiliza são as próprias pessoas e o que todas nós temos em comum: insatisfações, alegrias, frustrações, culpas, faltas, defesas, euforias, felicidades etc.
Percebi que minha melhor forma de trazer alguma coisa boa para as pessoas é falar sobre como lidamos com a vida, com as coisas, com as pessoas…
E buscar levar algum aprendizado que tive e também aprender com as pessoas que interagem comigo.
Percebo que, quando eu me coloco em um lugar de aprendiz compartilhando coisas de forma amorosa, humana e disponível, é possível falar sobre qualquer tema de forma que todos tenham a ganhar com isso. É isso que eu tenho buscado e é isso que tem funcionado de uma forma muito bonita entre as pessoas que me seguem. Tem pessoas de diversas idades, de muitos países, diferentes classes sociais, diferentes etnias, orientação sexual, identidade de gênero, entre muitas outras coisas.
E a nossa convivência é a prova de que é possível conversar sobre tudo com todos de forma sincera, amorosa, inteligente, sábia e feliz quando o foco é crescer junto, quando o foco é no que temos em comum: a nossa humanidade.
Expr.: Em março, você estreou como diretora artística no clipe de “Checkmate”, do duo DIGRECCO, formado por suas irmãs Camilla e Giovana. Como foi essa experiência?
G.C.: Foi incrível. A gente (eu e minhas irmãs) tem um respeito e confiança umas pelas outras que transcende os laços artísticos e familiares.
Outra experiência inédita pra mim foi liderar uma equipe com mais de 30 profissionais com os quais eu nunca havia trabalhado. A direção é quem determina o clima no set. E nesse videoclipe o clima foi divertido do início ao fim. Todas as pessoas e parceiros envolvidos estiveram felizes e motivados durante todo o processo de produção, gravação e finalização do clipe.
Expr.: Quais são seus projetos para este ano?
G.C.: Para esse ano, eu tenho sentido um terreno fértil para a terceira temporada de Tamo Junto, projeto no meu canal do Youtube em que recebo artistas, os convido para um bate papo e fazemos música juntos. Temos também a gravação da segunda temporada e estreia da primeira temporada de O Coro – Sucesso Aqui Vou Eu.
Fora isso, estou viabilizando em paralelo mais projetos na Música, nas Artes Visuais e Educação. Mal posso esperar pra poder contar tudo pra vocês! Será um ano incrível!