Apresentadora, Musa do carnaval e Rainha de bateria, Carla Prata encanta por onde passa, Carla ganhou reconhecimento na TV Globo onde participou como assistente de palco do famoso programa Domingão do Faustão e repórter do site do programa, além de ter se destacado como participante do reality show da Record “A Fazenda 8”, em 2015. Também é conhecida por desfilar nas escolas de samba durante o Carnaval: já desfilou pela Grande Rio e União da Ilha, do Rio de Janeiro, e esse ano desfilará pela Acadêmicos do Tucuruvi em São Paulo. Confira agora sua entrevista na íntegra:
Expressão: Você é amante do carnaval, já foi rainha de bateria e musa, como está o coração para o carnaval de 2023?
Carla Prata: Eu estou muito ansiosa, porque é o primeiro carnaval aqui em São Paulo como Rainha de Bateria. A Acadêmicos do Tucuruvi é uma escola onde as pessoas me receberam muitíssimo bem, de braços abertos e eu estou simplesmente amando. Estou apaixonada e não quero mais sair de lá, onde formei já um vínculo de amizade com as pessoas e eu me sinto realmente integrada, na família deles. Eu estou amando a escola, amando assim muito, muito, muito, muito, muito, muito. Todo mundo lá me trata super bem e eu estou muito ansiosa. Essa fantasia que eu vou desfilar vai ser a fantasia mais luxuosa que eu já desfilei na vida, nunca nem no meu maior sonho eu pensei em desfilar com uma fantasia dessa, nunca nem imaginei na minha vida.
Expr: Você sempre é vista com looks cheios de estilo e produções super caprichadas, como é a sua relação com a moda?
C.P: Eu gosto de vestir não somente o que está na moda, até porque, às vezes, o que está na moda não fica bem no meu corpo. Eu sou a típica brasileira mesmo: cinturinha fina, bumbum grande e, geralmente a moda, infelizmente, segue um padrão de pessoas muito magras, que são vistas na passarela como “cabides das roupas”. Isso foi falado por donos de agências de modelo. Um dia eu perguntei por que as modelos eram tão magras? E eles falaram que é como se fosse um “cabide” para vestir somente as roupas, e a mulher brasileira ela tem corpo – ela tem seio, tem bumbum grande, então nem sempre tudo fica legal na mulher brasileira.
Eu me visto de acordo com o que eu acho que fica legal em mim, claro que eu já tenho o meu tipo de roupa que gosto, eu já sei o que vai ficar bem e o que não vai. A maioria das roupas que eu tenho preciso levar na costureira para apertar na cintura. Não tem jeito, mas infelizmente é assim pelo biotipo do meu corpo, eu não consigo vestir tudo que está na moda. Tem coisas que não ficam legais, mas eu procuro estar sempre bem vestida, de acordo com o ambiente que eu vou, porque eu sou uma pessoa bem eclética e eu mudo muito. A minha maneira de vestir é de acordo com o dia, também com meu humor, enfim, mas eu gosto muito de me vestir, de montar um look, tanto para gravar, quanto para sair quanto para ir no evento.
Expr: Em 2017 foi diagnosticada com uma doença rara, a MIASTENIA GRAVIS, como foi superar esse desafio?
C.P: Foi muito difícil quando eu fui diagnosticada em janeiro de 2017. Eu achei que eu fosse morrer, porque quando você olha no Google é só tragédia. Abre o Facebook, é só tragédia. Nunca mais eu nem entrei no Facebook, porque as comunidades eram só coisas horríveis e eu vi que a doença ia me atacando, conforme a minha mente ia deixando. Então, eu falei: “não, não vou permitir isso”. E aí, eu comecei com pensamento positivo, comecei a ter muita fé, falei para mim mesma que iria dar certo. Era muito difícil, porque eu não tinha ninguém para falar, só eu tinha essa doença. Não conhecia ninguém que tivesse Miastenia Gravis. Então eu falei: “Meu Deus, e agora, como vai ser? Eu não tenho ninguém para trocar informação, não tenho ninguém para saber sobre e eu fiquei muito perdida, assim como eu, muita gente que recebe o diagnóstico e fica também. E foi exatamente, por isso, que eu resolvi um ano depois expor que eu tinha essa doença e aí as pessoas começaram a me procurar e eu comecei a dar informações do que eu já tinha passado das minhas experiências. Mas, foi realmente desesperador.
Expr: Participar de Realitys shows pode ser um tanto quanto desafiador, você participou da Fazenda (Record), como foi essa experiência? Participaria novamente?
C.P: É uma experiência exclusiva para poucos e eu graças a Deus aproveitei todas as oportunidades que eu tive. Eu pude mostrar quem eu sou, a Carla Elaine. Então, para mim isso foi muito importante, ainda mais que, até o momento, as pessoas só me conheciam como repórter, assistente de palco, do carnaval por ser Rainha e Musa. Então, eu pude mostrar o meu lado humano. Hoje eu participaria novamente de algum reality, mas seria para mostrar minha doença, falar de doenças raras, para levantar essa bandeira. Eu acho importante, já que as pessoas não têm noção, não conhecem, me julgam, então, assim como eu tenho Miastenia Gravis, outras pessoas têm outras doenças raras e ninguém nem sabe, não entendem. E as pessoas não entendem o principal: quando a gente está mal, a gente vai parar no hospital, não tem como estar na rua.
As pessoas que têm doença rara tem algumas coisas garantidas por lei e eu faço questão de usar, porque eu já passei o lado ruim da minha doença, às vezes eu passo, então eu faço questão de ter os meus direitos garantidos. Eu faço questão de ter o código da minha doença na minha identidade, porque eu acho que isso facilita também muita coisa. Muita gente não tem nem noção disso, então eu participaria para poder levantar a minha bandeira, que é a bandeira das doenças raras.
Expr: Sempre teve destaque na televisão, já foi bailarina do Faustão, assistente de palco e também apresentadora do festival de prêmios da Rede TV, como foi a sua trajetória até às telinhas? Já era um sonho de criança?
C.P: Desde pequena eu sempre fui muito extrovertida, mas eu venho de família pobre, comecei a trabalhar com 13 anos de idade, quando minha mãe colocava a gente para fazer figuração de um programa de TV. Então, a minha primeira participação de TV, foi na TV Manchete, no programa do Luke de Paula e eu me encantava com aquilo, mas eu não pude continuar. Continuei estudando e fazendo outras coisas, trabalhando com eventos, então ficava às vezes 10 horas a 12 horas em pé no evento. O meu sonho era ser professora de matemática, porque a televisão era uma coisa tão longe que eu achava que eu não podia nem sonhar com isso. Era algo tão distante da minha realidade e eu nunca nem cheguei a pensar, porque enfim eu achava que eu jamais poderia ser capaz. Uma menina que nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro, morava em Bonsucesso, na rua de duas Comunidades (Manguinhos e Jacarezinho). Eu falei: “eu nunca vou poder ir para televisão, era uma coisa que eu nem sonhava, porque era uma coisa que na minha cabeça não era possível sonhar com aquilo”. E a vida foi me levando para TV. Toda vez que eu tentava voltar a estudar para outra profissão, a vida me colocava de novo na TV, então eu falei: “gente acho que é isso mesmo viu”. E aí, eu fui ficando, fazendo um programa, uma participação. Hoje, eu sou apresentadora do “Selfie com Carla Prata” e graças a Deus, tive a oportunidade e Deus colocou as pessoas certas, no momento certo na minha vida. E, graças a ele, eu estou podendo realizar um sonho que eu nunca nem cheguei a imaginar, de tão grandioso que é.
Expr: Quais são os seus projetos para o futuro?
C.P: Eu gostaria de continuar com o “Selfie” na TV, mas eu busco fazer alguma coisa também voltada para o carnaval. Eu acho que o carnaval tem que ter mais notoriedade, é uma festa linda, popular. É uma festa que dá o sustento a muitas famílias, então eu quero fazer um projeto também voltado para o carnaval na TV e na internet. E eu quero com isso tudo também é poder ajudar as pessoas. Eu estou lançando a minha linha de suplementos, que é a “Super Cápsulas”, que já tem dois produtos: a “Super Forma”, feita com laranja moro e outras substâncias naturais para entrar em forma, ajudar no emagrecimento. E outra é “Super Beauty”, para ajudar no crescimento, no fortalecimento dos cabelos das unhas e, eu coloquei uma substância também que faz bem para a memória. Eu fiquei bastante desmemoriada depois que tive Covid, e eu pensei: “ imagina se alguém tomasse um suplemento que fosse bom para o cabelo, unha e também para memória, tudo junto”. Então foi isso que eu fiz e com isso eu espero ajudar muita gente.
Expr: Sabemos que você também adora praticar Muay Thai, o esporte sempre te ajudou a manter a boa forma?
C.P: Eu pratiquei Muay Thai uma época da minha vida e eu adorava, me fazia um bem danado. Eu praticava com Galego, só que nessa época, uns três meses depois, eu tive que operar a coluna e o médico foi bem incisivo e me proibiu de fazer movimentos rotatórios no quadril. Não pude voltar ao Muay Thai, ainda mais que eu queria sambar, que também foi uma proibição médica, mas eu sou teimosa e minha grande paixão é sambar. Todo mundo sabe disso. Então, eu ia aos ensaios, com um pouco de receio, mas ia. Eu queria ser feliz e eu sou feliz assim. Acabou que eu não voltei para Muay Thai, mas, sem sombra de dúvidas, foi um esporte que eu, com certeza, faria novamente. Eu amei e é bastante completo.
Expr: No seu dia a dia como influenciadora você sempre posta conteúdos sobre academia e nutrição, como você se sente motivando as pessoas com a boa forma?
C.P: Eu fico muito feliz, eu sei como é difícil para as pessoas emagrecerem, manter a forma e, pela saúde, isso é uma coisa muito importante. Esquece isso de espelho e de visual. É muito importante para a saúde. Ano passado eu e a minha família passamos por momentos muito ruins por conta da saúde da minha irmã, que é uma ex obesa. E esse foi um dos motivos também que eu me juntei com ela para tentar ajudar outras pessoas e a gente fez esse produto para emagrecer, para ajudar outras pessoas a terem saúde, porque gente sem saúde, não tem nada, não tem vida. Então a gente tem que ter saúde para trabalhar, estar com as pessoas queridas, estar bem para cuidar dos filhos. Saúde é a coisa mais importante do mundo e esse ano esse é um dos meus projetos. Ser empreendedora, abrir essa essa empresa para poder ajudar ainda mais pessoas.