Fernanda Tomé

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Por Janaina Moro
Foto Osvaldo F./Contrapé

A atacante Fernanda Tomé, do São Cristóvão Saúde/São Caetano, relembra como foi a emoção de ter sido convocada para a Seleção Brasileira de Vôlei e adianta: “Se Deus quiser, estarei na próxima Olimpíadas em 2020, no Japão”

A atacante Fernanda Tomé, do São Cristóvão Saúde/São Caetano, chama atenção pelo seu ótimo desempenho nas quadras, performance que já lhe rendeu uma convocação para a Seleção Brasileira de Vôlei. “Era o maior sonho da minha vida e consegui enfim, realizar”, explica a atleta de 1,94 m. A paixão de Fernanda pelo esporte começou aos 13 anos em sua cidade natal Penápolis e, para a loira, ter se tornado uma atleta de alto nível foi resultado de nunca ter desistido do sonho: “Nós sabemos o quanto é difícil este mundo do vôlei, são muitos altos e baixos”, desabafa. Confira a entrevista na íntegra:

Expressão: Quando começou com a paixão pelo Voleibol? Houve alguma motivação especial para a escolha do esporte?
Fernanda Tomé: Comecei a jogar com 13 anos em um projeto da Prefeitura de Penápolis, a convite da professora Luiza Nori, professora de vôlei da cidade. Ela me falou de uma peneira que haveria no Estádio-Ginásio de Penápolis. Fui aprovada e fiquei lá até os 14 anos e meio. Numa competição regional, em Araçatuba, um olheiro de Osasco me viu e me chamou. Eles tinham um projeto de base forte, fui para lá com 15 anos e fiquei lá por quatro anos. Joguei para o Penápolis, Osasco, Pinheiros, São Bernardo, fiquei quatro anos em São Caetano, fui para Araraquara e voltei – esta é minha terceira temporada pelo São Cristóvão Saúde/São Caetano.

Expr.: Quando a brincadeira passou a se tornar profissão?
F. T.: Brincadeira nunca foi, mas é claro que no início é mais tranquilo. Disputei minha primeira Superliga em 2008/2009, justamente sob o comando do técnico Antonio Rizola (que atualmente é o treinador do São Cristóvão Saúde/São Caetano). Minha primeira convocação para uma seleção veio também em 2008/2009, quando eu ainda era da categoria Juvenil. Fiz a escolha certa. Alguns momentos não foram muito bons, mas desde que voltei para cá as coisas estão bem. Me dediquei muito e tive uma convocação para a seleção brasileira em 2017.

Expr.: Hoje como é a sua rotina? É intensa por ser uma atleta de alto nível?
F. T.: Sim, os atletas sempre falam que não possuem uma vida social. Nós treinamos aos sábados, aos domingos e feriados, mas essa foi a vida que escolhemos e portanto, temos que seguir firme nisso a todo tempo. Durante a Superliga minha rotina é quase toda dedicada ao vôlei. São dois treinos por dia, físico e técnico, de manhã e no fim da tarde, começo da noite, mais fisioterapia, reuniões para análise de vídeos, descanso, além das viagens para os jogos (são 11 jogos no turno e 11 no returno, com time do interior de São Paulo e outros Estados – Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Brasília).

Expr.: Qual foi o seu principal momento no esporte, de uma forma geral?
F. T.: Há dois anos atrás, quando fui convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira. Era o maior sonho da minha vida e consegui enfim, realizar.

Expr.: Pensa em jogar no exterior?
F. T.: Nunca joguei, mas é sim uma vontade que tenho. Espero poder realizar em breve.

Expr.: O que lhe mantém motivada a treinar, conquistar títulos e viradas?
F. T.: Na verdade, é o meu pai. Perdi ele faz um mês, e tudo que eu faço desde então é por ele.

Expr.: Como foi ser convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira?
F. T.: Para mim foi um sonho realizado. Desde que comecei no vôlei, o meu sonho era vestir a camisa amarela e, quando consegui, não só eu, mas meu pai também ficou muito realizado.

Expr.: Esta é a sua segunda passagem pelo São Caetano. Como foi a primeira vez em que chegou ao clube, e também como foi retornar?
F. T.: Eu sempre gostei daqui, tenho como uma casa. E acredito que no dia em que tiver que sair, vai ser uma dor no coração, porque eu amo jogar aqui.

Expr.: Sofre muito assédio dos fãs?
F. T.: Ah, sempre tem. Se disser que não acontece, estarei mentindo. Mas ainda assim, consigo sair tranquilamente nas ruas aqui pela cidade. O pessoal de São Caetano acompanha muito a equipe, e com isso ficamos bastante conhecidos. Por isso, é até normal acontecer isso.

Expr.: Você pensou que chegaria tão longe quando iniciou a carreira?
F. T.: Sempre sonhei. Passei por momentos difíceis, onde achei que não iria conseguir. Mas nunca desisti e tudo que conquistei até hoje foi justamente por não ter desistido.

Expr.: Qual a sua dica para as meninas que estão começando agora?
F. T.: Não desistir nunca, porque nós sabemos o quanto é difícil este mundo do vôlei, são muitos altos e baixos. Um dia você está em um grande time e no ano seguinte, você está lutando nas últimas posições. Por isso, é preciso lutar sempre e seguir em frente, nunca desistir.

Expr.: Esportistas de alto nível em muitas modalidades possuem uma boa remuneração. No vôlei também?
F. T.: Não é tanto quanto no futebol, por exemplo, mas a gente sempre busca a cada ano ter uma melhora neste sentido.

Expr.: Qual o maior marco que você almeja atingir na carreira?
F. T.: Disputar uma Olimpíada. Se Deus quiser, estarei na próxima em 2020, no Japão.

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