Wagner Santisteban de “O Tempo Não Para”

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O Pedro Parede do Folhetim “O Tempo Não Para” (Globo) fala sobre 30 anos de carreira na teledramaturgia!

O carismático Wagner Santisteban, que vive o fotógrafo de celebridades Pedro Parede, em “O Tempo Não Para” é rosto conhecido da maioria dos brasileiros, porque embora jovem, já soma 30 anos de carreira artística. Começou na infância fazendo comerciais, um deles era do shampoo “Turma da Mônica”, no qual dançava e cantava, embaixo do chuveiro e todo ensaboado, ao som de um jingle de Eduardo Dusek. Contabilizando mais de 300 comerciais publicitários durante os quatro primeiros anos de carreira, muitos deles premiados, no Brasil e no Exterior. Logo após viveu o personagem Alfredo na primeira fase do folhetim “Éramos Seis” do SBT. Ainda Criança participou do seriado “Grande Pai” e do “Programa de Vídeos” apresentado por Gugu Liberato. Entre os anos de 1998 e 2002 participou do seriado “Sandy & Jr.” no qual viveu Basílio. O ator também esteve em grandes novelas como “Sete Pecados”, “Balacobaco”, entre outras. Atuou no filme e no seriado “A Grande Família”, nas telonas atuou em “De Pernas Pro Ar 2” onde era Léozinho. Na vida pessoal Wagner está noivo da atriz e cantora Antonia Moraes, filha da renomada Glória Pires. Confira a entrevista:

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Expressão: Atualmente interpreta o paparazzi Pedro Parede, em “O Tempo Não Para”. Qual a sensação de viver o outro lado, já que sempre foi abordado por repórteres?
Wagner Santisteban: Eu acho interessantíssimo poder me colocar dessa outra forma, mas claro que é uma ficção né? Ver o que o repórter tem que passar para ter uma boa matéria, ou o que ele tem que fazer, muitas vezes, nem gosta de cobrir ou entrevistar determinado assunto e pessoa, mas tem que se virar para sua matéria ser chamativa e poder vender. E isso é interessante, hoje eu vejo a imprensa e notícia com outro olhar sabe? Um olhar geral, principalmente, para um repórter sensacionalista – como é o Pedro Parede.

Exp.: Em algum aspecto, você se acha parecido com seu personagem Pedro Parede?
W.S.: Sou muito comunicativo e sou uma pessoa bastante antenada (risos). Não sei se foi o meu trabalho que influenciou nisso, ou também por ter trabalhado já com algumas pessoas, então, uma vez ou outra as pessoas próximas até brincam comigo sobre isso.

Exp.: Começou na carreira ainda quando criança participando de comerciais, como foi descoberto?
W.S.: Com cinco anos de idade fui acompanhar minha irmã e meu primo em um teste para uma propaganda (minha mãe não tinha onde me deixar no dia), eu fiquei com ciúmes deles, por fazerem algo que eu queria também, mas não sabia o que era (risos), foi quando pedi para a produtora de elenco fazer o teste comigo também. No início eles não deixaram, mas eu pedi tanto que eles terminaram cedendo e eu acabei fazendo o teste, tudo isso aconteceu na antiga e extinta agência “Printty”, desse lugar saiu grandes nomes como Danton Mello, Selton Mello, Angélica, Adriane Galisteu, Rodrigo Faro, Gugu e outros grandes nomes.

Exp.: Aos 35 anos, sendo 30 de carreira, que balanço faz da sua profissão de ator?
W.S.: O meu balanço é o melhor possível, já fiz tanta coisa, fui apresentador, fiz publicidade, teatro, cinema, novela, série, seriado, mas preciso sempre aprender, porque na profissão de ator você está sempre começando do zero. Cada personagem é uma circunstância, história e uma ideia nova, mas, claro, a experiência te traz bagagem, seja ela confiança ou prestigio.

Exp.: Em 2014, participou do seriado “A Grande Família” fazendo o papel do Lineu jovem, como foi viver esse grande personagem?
W.S.: Eu soube pela coluna de um jornal que iria ter o filme da Grande Família. Já era muito fã e resolvi ir atrás para fazer o teste (na época eu fazia Malhação), conversei com a produtora de elenco, fiz um teste e passei. Amei ter feito o filme “A Grande Família” e foi a partir daí que comecei a receber convites para interpretar o personagem Lineu no seriado, na Rede Globo. Foi um orgulho para mim porque acho o Marcos Nanini (ele foi um dos responsáveis pela minha seleção para interpretá-lo) um dos maiores atores do Brasil.

Exp.: Aliás, no cinema participou de grandes filmes, como “De Pernas pro Ar 2”, “O Paciente”, é muito diferente a experiência cinematografia para a dramatúrgica?
W.S.: Sim, tem uma diferença e amo as duas, seja na cinematografia ou dramaturgia. A diferença maior é o tempo e o preparo, no cinema sabemos o começo, meio e o fim. No caso de uma novela você tem uma ideia, um esboço, só que não temos noção do que vai acontecer com o personagem durante a trama, pode acontecer de tudo. Então é uma coisa muito aberta, seja novela ou série, já no filme você ensaia, tem tempo maior e até seu gestual termina sendo diferente. São universos distintos até na resposta do público enquanto na TV é uma coisa imediata, no cinema já é outro tempo. Acredito que o filme termina ficando mais eterno sabe? Tipo um quadro. Por exemplo, “O Paciente”, no qual faço uma participação, ele conta uma história marcante (histórico nacional) e, dificilmente, vai ter outro filme que conte essa a mesma história – relato dos últimos dias do Tancredo Neves – então termina sendo um documento. Outro ponto de diferença das novelas que terminam sendo passageiras.

Exp.: Adiante projetos futuros?
W.S.: Meu projeto futuro é o hoje e o amanhã. Hoje estou focado e fazendo meu personagem Pedro Parede e amanhã também (risos). Então, quando acabar a novela vou pensar nos projetos futuros. Claro! Existe proposta e ideias, mas tento viver o melhor do meu hoje e da melhor maneira sem ansiedade e cobrança se não a gente não vive nunca.

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