Carol Castro

Talentosíssima, a atriz sai de um enorme sucesso com a perita forense Paula, em Insânia (Fox), para outro desafio: interpretar uma jovem divertida e atrapalhada em “Maldivas” (Netflix) ao lado de Bruna Marquezine, Manu Gavassi e Sheron Menezzes

A consagrada atriz Carol Castro está com um novo desafio em sua carreira, o de atuar na mais nova série da Netflix “Maldivas”, onde interpreta uma mulher divertida e atrapalhada. Para o novo papel, a atriz realizou uma mudança radical no visual: Ficou loiríssima! A dramédia será sobre um grupo de mulheres que moram em um condomínio luxuoso na Barra da Tijuca. Atrizes como Bruna Marquezine, Manu Gavassi e Sheron Menezzes também fazem parte da produção. O desafio vem logo após outro sucesso da agora loira, a série Insânia, da Fox, no qual Carol interpretou a perita forense Paula, que sofreu um surto após receber a notícia da morte da filha e é internada em uma clínica psiquiátrica. A personagem acabou virando cobaia de um experimento do misterioso médico, vivido por Eucir de Souza. Em entrevista exclusiva para a Expressão, Carol fala sobre a nova série, maternidade, redes sociais e atuações que a consagraram na televisão brasileira. Confira a entrevista completa:

Expressão: Recentemente surpreendeu os seguidores com o novo visual! Clareou as madeixas para o mais novo projeto, a série “Maldivas” (Netflix). Como será sua personagem? Pode nos dar alguma prévia?
Carol Castro: Apenas posso falar que ela é muito divertida e atrapalhada. Está sendo uma delícia interpretar uma personagem tão diferente do meu último trabalho, que foi a perita criminal Paula de “Insânia”. A mudança radical de visual foi uma ótima maneira de deixar pra trás em tempo recorde uma personagem tão marcante e intensa. Já que terminei as filmagens da série em outubro em Montevideo.

Expr.: Ainda no trailer, é revelado que ‘’Maldivas’’ será uma dramédia sobre um grupo de mulheres num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, bairro nobre da Zona Oeste do Rio. Também fazem parte da produção Guilherme Winter, Samuel Melo, Romani, Vanessa Gerbelli, Ângela Vieira, Alejandro Claveaux, Filipe Ribeiro e Fernanda Thurann. Como está sendo realizar este trabalho?
C.C: Estou adorando trabalhar de novo com o Alvarenga. Ele é um gênio da comédia. Tem uma direção cirúrgica e de muito bom gosto. Muito bem escrita pela incrível Natália Klein (que também atua na série e é maravilhosa demais atuando). Sem contar reencontrar 2 atrizes que já trabalhei na minha 1ª novela “Mulheres Apaixonadas” (Globo) como também mãe e filha: Vanessa e Bruna. Além desse e de tantos outros talentos. É um projeto muito empolgante assim como a série.

Expr.: Como foi virar loira? Está gostando? Pretende continuar após a finalização do trabalho?
C.C: Foi uma grande saga, mas eu estava bem empolgada com essa mudança. Além de amar muito mudar de cabelo. Sair de uma personagem e imediatamente ficar com uma aparência diferente se possível. E a loirice caiu como uma luva acontecendo pós-Insânia!

Expr.: Devido a pandemia, gravou um vídeo book intitulado “Meu Herói é Você”, com intuito de explicar para as crianças quais as consequências do Covid-19. Como foi atuar para o público infantil?
C.C: Foi um respiro lúdico em meio a tanta angústia e medo da quarentena. Uma sensação de estar ajudando de alguma maneira, sabe? Me fez muito bem de verdade.
Sempre gostei de histórias pra crianças e o convite aconteceu num momento que acabou funcionando como um bote salva vidas. Fiquei muito feliz com o Feedback da ONU sobre o vídeo. Aquece o coração.

Expr.: Quais mudanças a maternidade trouxe para sua rotina? Como está sendo a experiência de ser mãe de menina?
C.C: A vida muda completamente. O foco, o propósito, o significado é outro. A Nina é um sol na minha vida. Claro que a maternidade tem todos os lados possíveis. E é um verdadeiro reencontro consigo mesmo. Educar é um eterno reeducar-se. Ser mãe de menina tem o lado lindo e maravilhoso do “brincar de boneca” com a questão das roupas e brincadeiras. Como também é uma grande preocupação com o mundo que a gente vive. Tem o lado guerreira da mulher que também precisa ser ensinado desde cedo. É ser sobrevivente num mundo de machismo, assédios, injustiças…

Expr.: O primeiro papel na televisão foi em “Mulheres Apaixonadas” (Globo). Onde deu vida a espevitada Gracinha, que até hoje é muito lembrada. Foi marcante?
C.C: Muito! Até hoje (mesmo quando a novela não estava sendo reprisada no Viva) algumas pessoas me comentavam da Gracinha ou do apelido Desgracinha que ela tinha. Na época, da noite pro dia, eu era reconhecida na rua e foi até uma certa surpresa apesar de ser filha de ator e não ver a profissão com o lado do glamour.
Pra mim, fama sempre significou uma consequência de um bom trabalho realizado, nunca um objetivo de vida. Acho que por isso que me surpreendi com a potência de estar numa novela das oito sendo antagonista da Carolina Dieckman e com todo um apelo “sensual” que chamava mais atenção ainda… só depois que me caiu a ficha do que é estar numa novela de sucesso.

Expr.: Sua primeira vilã em “O Profeta” (Globo) deu vida a temida Ruth, personagem que também se eternizou. Como foi viver essa vilã?
C.C: Foi incrível! Assisti inúmeros filmes de época…me inspirei muito naquelas atrizes de Hollywood dos anos 50: Ava Gardner, Bette Davis, Marlene. Eu amava muito os figurinos, a direção de arte, as cenas quebrando cristais. Era uma novela muito gostosa de fazer. Fazer vilã pode ser muito divertido. E a Ruth era um prato cheio para qualquer atriz se divertir muito fazendo.

Expr.: Já através da mocinha Mariana em “Escrito nas estrelas” (Globo) viu a oportunidade de mostrar uma outra vertente de sua interpretação. Há arquétipo que prefira interpretar?
C.C: Sim! Lembro que fiquei muito feliz com a oportunidade de mostrar minha outra faceta, já que acabei fazendo várias personagens de caráter duvidoso seguidas. Eu gosto de fazer os dois. Gosto de interpretar mulheres fortes. Se for mocinha, quanto mais empoderada melhor. Se for vilã, quanto mais má, mais divertido será! Até rimou (risos).

Expr.: Você é vaidosa? Conte-nos quantas vezes malha na semana?
C.C: Sou vaidosa, mas me considero até “moleca” para alguns cuidados. Procuro malhar pelo menos de 2 a 3x por semana. Tenho feito tudo em casa, sozinha, no máximo com a ajuda do personal remotamente.

Expr.: Faz drenagens linfáticas? Tratamentos estéticos? Já fez algum tipo de procedimento cirúrgico?
C.C: Nunca fiz nenhuma cirurgia. Confesso que sou meio medrosa com essas intervenções.
Sei que já já vou precisar fazer uma coisa aqui e outra ali, mas eu adio o máximo que puder, porque quanto mais natural mais bonito eu acho. Drenagem eu adoro! Faço 1 vez por semana quando não tem pandemia.

Expr.: E a alimentação?
C.C: Eu estou com uma alimentação super regrada. Na quarentena eu engordei 6kg como muita gente, normal dada as circunstâncias, mas tive que perder rapidamente para poder retomar as filmagens de Insânia em outubro. Em um mês eu fiz uma rotina de dieta e exercício super rígida que me deu um resultado ótimo.
Agora mantenho essa rotina, mas com menos rigidez. Cheguei a fazer pela 1ª vez o jejum intermitente de 16h, mas com acompanhamento médico da Heloísa Rocha e da Nutri Daniela Morgado. Além da aulas on-line do meu personal Alexandre Monteiro. Foi um trabalho em equipe.

Expr.: Mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais. Como é a sua relação com os admiradores do seu trabalho?
C.C: Ah, eu fico tão feliz com essas pessoas existindo junto nessa vida virtual! Dou muito valor. Tenho um enorme carinho. De verdade! Eu queria conseguir interagir um pouco mais. Ainda vou conseguir. É que além de ser pisciana e ter meu ritmo particular de ser…eu ainda tenho uma filha em quarentena pra dar atenção, carinho e colo nesse momento tão obscuro e pesado que estamos vivendo. As redes sociais ajudam e muito na comunicação, na troca de informações e nas correntes de ajuda e força sobre tantos assuntos. Um verdadeiro tesouro a ser cuidado.
Torço muito para que cada vez mais as pessoas redobrem os cuidados com a pandemia e que tudo isso passe logo.
Ainda bem que temos as redes sociais, a internet pra podermos socializar mesmo que seja virtualmente. É carinho e companhia e empatia e parceria em forma de algoritmos.