Carol Macedo

A atriz Carol Macedo está no ar em “Quanto Mais Vida Melhor”, nova novela das sete da TV Globo. Em sua sétima novela na emissora, Carol vive a modelo internacional Rose no início dos anos 2000. Nos tempos atuais, a personagem fica com a atriz Bárbara Colen, mas Carol aparece durante toda a novela em flashbacks como Rose na fase jovem. A modelo, que mora em Paris, começa a trama namorando Guilherme (Nicolas Ahnert/Mateus Solano). Após se separarem, Rose vai para Roma a trabalho e conhece o jogador de futebol Neném (Leonardo Zanchin/Vladimir Brichta). Eles se apaixonam loucamente, mas a relação dura pouco por causa da vida boêmia de Neném e porque Rose precisa voltar para Paris. Quando se separam, ela reencontra Guilherme, que logo a pede em casamento.

Até março de 2020, Carol se alegra por ter vivido a enfermeira Inês, no remake de “Éramos Seis”, (Globo). Personagem de destaque, Inês era uma jovem à frente do seu tempo, que teve uma trama com muito drama e romance. Durante a quarentena, a atriz esteve no ar em duas reprises na Globo, “Fina Estampa” e “Malhação”, com personagens importantes e que tinham o universo do funk em comum. Em “Fina Estampa” foi a dançarina de funk Solange e em “Malhação – Viva a Diferença”, sua primeira experiência em um produto para o público jovem, interpretou a vilã K2. A personagem, dançarina de funk paulista, era ousada, extrovertida e fazia o que fosse preciso para conseguir o que queria.

Ainda na quarentena, a atriz comemorou 10 anos de TV (e 20 de carreira) e ultrapassou 1 milhão de seguidores no Instagram. Nesse período em casa, além de aproveitar para estudar e praticar algumas atividades como dança, inglês e reiki, Carol se aproximou ainda mais dos seus fãs nas redes sociais. Ela viu seu engajamento crescer ao dividir algumas dicas caseiras e mostrar os resultados reais ao cortar o cabelo sozinha, fazer hidratação de maisena, progressiva de café, entre outras experiências.
Carol começou a carreira artística aos sete anos, fazendo campanhas publicitárias. Com o apoio dos pais desde o início, fez workshops e cursos de teatro e com 15 anos entrou para a Escola de Atores Wolf Maya.

Em 2010, aos 16, foi escolhida para integrar o elenco da novela “Passione”, no papel de Kelly, irmã da protagonista Mariana Ximenes. A personagem, sua estreia na TV, era uma menina explorada pela avó e obrigada a se prostituir. O trabalho lhe rendeu indicações prêmios como Atriz Revelação do ano. No cinema, atuou em alguns filmes, entre eles “Isolados”, “Linda de Morrer” e “Lula, o Filho do Brasil”. Protagonizou também um curta chamado “Jovens Donzelas”, que participou de alguns festivais de cinema pelo mundo, incluindo o Short Film Corner at Festival Cannes 2016. No teatro, viajou o Brasil com a peça “Escola de Mulheres”.

“Sou muito grata pelo momento que estou vivendo, mas ciente de que tenho muito a me dedicar e conquistar ainda.”

Sobre os mais de 10 anos na TV, Carol se recorda. “Comecei como uma menina que não sabia como seria estar em um projeto tão grande, interpretando uma personagem de destaque, em uma novela do horário nobre da Rede Globo. Hoje sou uma mulher, muito mais madura, mais vivida, mas ainda cheia de curiosidades, sempre observando e querendo aprender mais. Acho que não mudaria nada na minha trajetória. Acredito que estou onde estou graças a tudo que fiz e vivi nesses anos todos de televisão”.

Outra paixão de Carol é a moda. A atriz inclusive tem planos de lançar uma linha de roupas no futuro. “A moda veio junto com o meu amadurecimento. Fui conhecendo lugares novos, pessoas, países diferentes e isso tudo fez com que eu me conhecesse melhor. Hoje em dia eu fico ligada constantemente, compro revistas, sigo blogs e tento sempre ficar antenada nesse assunto. Sinto muito prazer em montar os meus looks, ousar nas peças e usar coisas diferentes! Não tenho um estilo próprio, gosto de ir do clássico ao ousado. Me arrisco desenhando algumas peças e peço para minha costureira fazer”, conta.
Expressão: Em Quanto Mais Vida, Melhor!, você vive a Rose jovem em flashbacks. Como foi construir uma personagem que é vista ao mesmo tempo em outra atriz?
Carol Macedo: Comecei a minha preparação para “Quanto Mais Vida Melhor” em janeiro de 2021. Eu, Leo Zanchin e Nicolas Ahnert tivemos encontros com os atores na versão atual dos nossos personagens (Barbara Colen, Vladimir Brichta e Mateus Solano), que foram fundamentais para a criação deles mais jovens. Como ainda não conhecia a Barbara pessoalmente, eu também quis acompanhá-la em alguns momentos logo no início de suas gravações, justamente para poder observá-la melhor nos trejeitos, sotaque e postura e assim trazer para a minha Rose. Nossas sequências de gravações não seguiam uma ordem tão comum como as que estamos acostumados, exatamente por conta da pandemia, por isso, mesmo participando apenas dos flashbacks como “Rose jovem” e também em algumas cenas no espelho com a Barbara, eu permaneci gravando até as últimas semanas como todo o restante do elenco.

Expr.: Você já interpretou personagens com histórias intensas, como a enfermeira Inês em “Éramos Seis” e Kelly em “Passione” (Globo). Como é a experiência de dar vida a histórias dramáticas?
C.M.: Sou completamente apaixonada por personagens com histórias fortes e dramáticas. Tive a sorte de, ao longo da minha carreira, poder interpretar meninas/mulheres complexas que me desafiaram e que me tiraram completamente da zona de conforto. Isso com certeza me fez crescer muito como atriz. Sou muito intensa ao dar vida a todas minhas personagens, mas acredito que as do gênero drama, como a Inês e a Kelly, me possibilitam transmitir mais sentimentos e despertar emoções fortes no público, como um arrepio ou talvez uma lágrima. Isso é fascinante! É especialmente gratificante quando consigo sentir essa reação do público no dia a dia com um comentário nas redes sociais ou até mesmo quando sou parada na rua para escutar que uma cena que fiz deixou alguém emocionado.

Expr.: Você tinha apenas 15 anos quando interpretou Kelly, que abordava a prostituição. Como foi interpretar essa personagem ainda tão jovem?
C.M.: Apesar de trabalhar desde os 6 anos como atriz, não sabia como seria estar em um projeto tão grande interpretando uma personagem de destaque em uma novela do horário nobre da Rede Globo. Como a história da personagem era muito polêmica, precisei ser emancipada. Porém, por mais que ainda fosse muito jovem, tive a maturidade de encarar e agarrar essa oportunidade e de me doar 100% para a personagem. Estudei muito sobre o assunto, pesquisei sobre histórias reais de meninas que se prostituíram na adolescência (ou por obrigação ou por falta de opção), além de ter tido todo o suporte da direção e preparadora de elenco. Tenho certeza que toda a dedicação não foi em vão e a personagem ainda é lembrada até hoje.

“Tive a sorte de, ao longo da minha carreira, poder interpretar meninas/mulheres complexas que me desafiaram e que me tiraram completamente da zona de conforto”

Expr.: Com tantos anos de carreira e crescendo na TV, se sente realizada ou tem algum tipo de personagem que ainda falta fazer?
C.M.: Sou muito grata pelo momento que estou vivendo, mas ciente de que tenho muito a me dedicar e conquistar ainda. Eu estudo e me preparo bastante para estar pronta para qualquer desafio que me colocam. Creio que isso faz a diferença para conseguir conquistar um espaço em um meio tão concorrido e cheio de talentos. Espero poder continuar trilhando uma carreira sólida interpretando personagens cada vez mais marcantes.

Expr.: Você é apaixonada por moda, de onde surgiu esse interesse?
C.M.: Eu sempre fui muito ligada com a moda. Gosto de estar antenada nas últimas tendências, pesquisar e acompanhar as semanas de moda pelo mundo. Esse amor pela moda vem desde pequena. Passei a minha infância ajudando a minha mãe a criar e costurar as roupinhas das minhas bonecas e as fantasias para as festas temáticas. Adorava dar opinião nas escolhas de roupa da minha mãe ou das minhas primas enquanto elas se arrumavam para sair. Gostava também de incrementar o uniforme da escola com vários acessórios diferentes! Acredito que a melhor maneira de se expressar é através da moda! Usar o que gosto e me sentir confortável com aquilo é transmitir para a sociedade quem eu sou.

Expr.: Como estão os projetos para esse ano?
C.M.: Além de estar no ar em “Quanto Mais Vida, Melhor!”, gravei em janeiro o longa “Consequências Paralelas”, dos diretores Gabriel França e CD Vallada, como uma das protagonistas.