Laryssa Ayres

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A atriz que vive a lutadora de Karatê, Diana Zerzil, em “O sétimo Guardião” (Globo) fala sobre a polêmica de seu papel e como acha fascinante atuar com personagens diferentes do seu biótipo

A atriz e modelo Laryssa Ayres está realizada com sua atuação em horário nobre, com a personagem Diana Zerzil no folhetim “O sétimo Guardião” (Globo). Na trama Diana sofre preconceito do seu próprio pai que é um machista declarado. “Não acredito que exista algo para homem ou para mulher. Acho que estamos em um processo de evolução. Um processo no qual mostramos que podemos ser iguais e ter os mesmos direitos que os homens. É fundamental retratar esse tipo de realidade na TV, ainda mais no horário nobre”, explica a atriz sobre o tema social que envolve sua personagem. Aliás para viver Diana, Laryssa se matriculou em aulas de Karatê e já sente uma grande melhora em seu equilíbrio físico, corporal e mental. “As aulas são cansativas, mas o resultado final é compensador”, revela a atriz que iniciou sua carreira artística com apenas um ano e meio ao fazer campanhas publicitárias. Em 2013 teve sua estreia na televisão com uma participação na novela “Flor do Caribe”.

Em 2015 fez o papel de Amanda no longa “Mate-Me Por Favor”. No mesmo ano fez quatro testes para poder ser escalada na 23º temporada de “Malhação: Seu Lugar No Mundo” no qual viveu Jéssica, no ano seguinte continuou com a mesma personagem na 24º temporada do folhetim “Malhação: Pro Dia Nascer Feliz”. Em 2017 participou da primeira fase da telenovela “Apocalipse” agindo com a personagem Ariela Feld. Confira a entrevista:

Exp.: Já tinha praticado alguma luta?
L.A.: Não, mas está sendo muito diferente de tudo que já fiz. A luta exige equilíbrio físico, corporal e mental. Estou amando. Continuo conciliando as gravações com as aulas diárias.

Exp.: No início da trama a Diana sofreu com o preconceito do pai, por considerar o Karatê um esporte masculino. Você já recebeu relatos de meninas que também sofreram ou sofrem com a não aceitação dos pais em alguma atividade, ao qual não consideram para menina?
L.A.: As pessoas me abordam na rua com comentários sobre a temática. Fico feliz em saber que o drama da Diana possa ajudar de alguma forma e alertar também.

Exp.: Acredita que novela de certa forma ajuda a desmistificar o estereótipo do que é de “menino” e o que é de “menina”? Acha importante essas questões de gênero serem abordadas?
L.A.: Claro. Não acredito que exista algo para o homem ou para mulher. Acho que estamos em processo de evolução. Um processo ao qual mostramos que podemos ser iguais e ter os mesmos direitos que os homens. É fundamental retratar esse tipo de realidade na TV, ainda mais no horário nobre.

Exp.: Seus pais sempre te apoiaram em seguir a carreira de atriz ou eles chegaram a ser resistentes em algum momento?
L.A.: Sempre tive apoio da minha família. Comecei a modelar muito pequena. Não há dúvidas de que, sem o apoio incondicional do meu pai e da minha mãe, que esteve comigo sempre, eu não estaria nessa caminhada.

Exp.: Como é a responsabilidade de contracenar com a Carolina Dieckmann e Marcelo Serrado, seus pais na trama?
L.A.: Na verdade é uma delícia. Acompanho e admiro o trabalho deles desde pequena. Criamos um laço muito grande entre o nosso núcleo. Meu encontro com a Carol, Marcelo, Giulia, Eduardo e Vivi foi maravilhoso.

Exp.: Atuar em uma novela das 21h tem um peso diferente?
L.A.: Antes eu tinha atuado em duas temporadas de “Malhação”, onde eu fiz grandes amigos, aprendi muito no dia a dia, e ganhei fãs que me acompanham até hoje. Acredito que a maior diferença seja o tamanho da exposição. No horário nobre a dimensão é maior, já que mais pessoas assistem. Mas procuro não pensar nisso e me dedicar ao meu ofício.

Exp.: Nesta sua nova fase, se é que dá para dizer assim, você tem mostrado um lado mais mulherão, sensual, tem feito fotos de lingerie. Você se considera sexy, Laryssa?
L.A.: Acho que estou mais madura. Eu me considero mais básica na vida. Talvez, por eu trabalhar como modelo desde nova e fazer campanhas publicitárias em função do meu trabalho de atriz, acabo mostrando diversas facetas, que acho legal também. Mas no dia a dia costumo ser mais básica.

Exp.: Quais são seus segredos de beleza, o que faz para manter a boa forma?
L.A.: Não tenho um segredo de beleza. Acho que é estar bem com você mesma. Eu faço meus exercícios e busco sempre meu autoconhecimento. Por trabalhar com TV, sempre que possível, faço um tratamento ou outro, mas nada de neura.

Exp.: Como é sua relação com os fãs? Costuma a ver o que eles falam sobre você nas redes sociais?
L.A.: Claro. Desde “Malhação” acompanho e tento ser a mais engajada possível nas redes sociais para eles. Procuro tentar mostrar o possível do meu dia a dia… Eles me dão força em todos os meus projetos, minhas decisões. São, com certeza, meu maior presente de “Malhação” e continuam comigo até hoje.

Exp.: O que mais chamou sua atenção em relação a Diana quando você conheceu o perfil da personagem? Por quê?
L.A.: Em um primeiro momento, o contato com o esporte, já que eu sempre tive desde pequena. Mas logo que li a sinopse, entendi a magnitude dessa personagem e como ela seria importante nesse momento que estamos vivendo. É extraordinário levantarmos essa bandeira e falarmos que não existe algo para menino ou para menina, e uma situação tão machista como do Nicolau. Por incrível que pareça, são situações que acontecem na casa de milhões de pessoas e precisam ser discutidas dessa maneira para que sejam modificadas. Como atriz, acho que é uma honra usar meu ofício para falar de algo tão nobre.

Exp.: Qual seria a sua personagem dos sonhos?
L.A.: Gosto de personagens que fujam do óbvio, que sejam diferentes do meu biótipo, que me instiguem e façam sentir algo diferente.

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