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Por Janaina Moro
Foto: Rodrigo Marques | Beleza: Vicent Lujan | Styling: Rapha Mendonça

A atriz se despede da vilã Betina, em “O Tempo Não Para” (Globo) e se dedica a sua carreira musical, já são dois álbuns: “Jungle Kid” e “Melhor Que Eu”.

Cleo
Cleo
Dona de uma beleza hipnotizante, Cleo é conhecida por sua sensualidade, autenticidade e, principalmente pelo seu talento nas artes. Desde que iniciou a carreira de atriz aos 12 anos, coleciona personagens que ficaram na memória dos telespectadores. Quem não se lembra da ninfeta “Lurdinha”, em América? ou da inescrupulosa “Surya”, em Caminho das Índias? Ou mesmo da tímida professora “Margarida”, no remake de “Cirande de Pedra” (Globo)? Além das telinhas, Cleo é sucesso nas telonas, são mais de dez longas entre eles estão: “Qualquer Gato Vira Lata” e “Meu Nome Não é Johnny. O talento para a música não tardou a aparecer, em 2017 gravou seu primeiro disco intitulado EP “Jungle Kid”. O trabalho caiu na graça do público e hoje a agora loira (por pouco tempo), se dedica ao seu lado musical. Confira a entrevista na íntegra:

Expressão: Atualmente se despede da vilã “Betina”, no folhetim “O Tempo não Para”e teve de fazer grande mudança de visual. Gostou de ficar loira?
Cleo: Eu gostei bastante de interpretar uma personagem como a Betina, que teve uma transformação muito interessante ao longo da trama. De início ela me foi apresentada como uma personagem forte, pra frente, independente e moderna, mas tomou um rumo completamente diferente na trama, o que foi uma surpresa. A Betina entrou em uma “bad vibe” quando percebeu que o conceito de vida em que acreditava não aconteceu, era uma falácia e isso a deixou insegura, porque mesmo tendo tudo ela ainda sentia que não tinha o que era considerado mais importante e por isso fez todas aquelas loucuras. Ter essa surpresa com o rumo das coisas foi estimulante.
Sobre a mudança, eu amo mudar o visual para as personagens. Para esse trabalho eu fui até além do pedido, o cabelo da personagem não precisava ser tão curto (risos). Ser loira está sendo interessante, mas tenho planos para voltar ao meu tom natural.

Expr.: Com mais de 20 anos de carreira nas artes cênicas, somente em 2018 resolveu revelar o talento para a música. Por que procrastinou essa estreia ao público? Quando, de fato, despertou o gosto em cantar?
Cleo: Na verdade não foi só ano passado, desde pequena tenho amor pela música, cheguei até a ter uma banda na adolescência, é que a carreira como atriz deslanchou após a minha decisão de dar um tempo na carreira musical, porque à época, eu tinha muito medo do palco. Eu acredito que tudo acontece no momento certo e, em 2017, decidi que estava na hora de encarar meus medos e realizar esse sonho com mais estrutura. O amor pela música vem desde pequena e se mantém ativo até hoje.

Expr.: Seu primeiro trabalho intitulado EP Jungle Kid, surgiu em 2018, com um estilo diferenciado, como foi a parte de criação para esse formato?
Cleo: O meu processo de criação é como uma edição de um monte de coisas, eu gosto de entrar no estúdio, ouvir as possibilidades, criar e fazer a minha interpretação das coisas que ouço. Eu tenho várias referências musicais que quis explorar nesse primeiro álbum, que vão desde Caetano Veloso até Nine Inch Nails, por exemplo. Em parceria com o produtor musical Guto Guerra, que fez tanto Jungle Kid como Melhor Que Eu, a gente quis ter uma pluralidade de gêneros incorporados no álbum, você tem a Cloud, que é bem introspectiva (só uma voz e violão), bem crua mesmo, então tem Impulses, que é mais experimental e também Bandida, que é mais aberta. No segundo EP tem uma trajetória mais dramática e um roteiro pessoal de começar em um lugar muito individualista e próprio, que é Trapped, levantar desse lugar e ir vivendo outras coisas até terminar na faixa homônima do álbum, Melhor Que Eu.

Expr.: Qual a razão de decidir não rotular sua carreira musical por gênero?
Cleo: Eu quero fazer muita música e os rótulos nos limitam demais, não só na carreira musical, mas na vida em si. Então, para isso, preciso estar livre dessas amarras, porque gosto de cantar de tudo e quero ter a liberdade de fazer de tudo.

Expr.: Antes seus familiares e amigos já a incentivavam para investir no lado musical?
Cleo: As pessoas próximas a mim sempre souberam dessa minha paixão por música e a vontade de seguir também uma carreira musical, consequentemente me incentivavam, claro, mas também souberam respeitar o meu tempo. Tenho sorte de ter pessoas que me impulsionam a seguir meus sonhos.

Expr.: O que mudou em seu dia a dia, desde que somou mais essa atividade à sua rotina?
Cleo: Antes das gravações da novela começarem a rotina era mais fácil, então consegui produzir e criar muita coisa, me planejei para que, mesmo com a novela no ar, pudesse seguir com os lançamentos musicais e deu super certo. Mas a novela foi a minha prioridade, então teve que ter um equilíbrio para conciliar a música e, para tanto, tive ajuda da minha equipe para fazer isso acontecer. Não foi fácil, mas estou feliz com os resultados que conseguir alcançar.

Expr.: Estreou como atriz aos 12 anos ao participar da minissérie “Memorial de Maria Moura”, fazendo apenas um capítulo, em que viveu a protagonista. Qual foi a sensação de ter o seu primeiro personagem como principal?
Cleo: Na época, eu tinha uma noção de ser um projeto importante, principalmente para a minha mãe, mas ainda era muito nova e não pensava ativamente na carreira como atriz. Por mais que eu tenha feito esse papel na infância e tenha sido muito especial, considero mesmo o meu início na carreira como atriz aos 19 anos, no longa Benjamin.

Expr.: Já deu vida a muitos personagens que ficaram na memória dos telespectadores de novela como a ninfeta “Lurdinha”, em América, a vilã “Surya”, em Caminho das Índias, a tímida professora “Margarida”, no remake de “Cirande de Pedra”, (todos na Globo), entre outros. Existe algum papel que mais a tenha marcado?
Cleo: Eu acho que todos os papéis que fiz até então tem um quê de especial para mim. Gostei muito de ter interpretado a Kátia, na minissérie O Caçador, a Sabrina, de Supermax, assim como amo a Surya, Tamara de Haja Coração… É difícil escolher um que tenha me marcado mais, porque fizeram parte daquele momento em específico da minha vida.

Expr.: Assim como toda figura pública, tem uma exposição grande, sente que o fato de falar abertamente sobre sexo, potencializa o julgamento das pessoas, ou não? Isso a incomoda?
Cleo: As pessoas julgam de qualquer maneira, então não tem muito o que fazer e busco não me limitar por causa disso. Ainda existe muito tabu em relação ao sexo falado por mulheres, por exemplo, mas tudo o que falo é porque me sinto confortável para isso. Não posso pautar os assuntos que gosto de falar pensando no que as pessoas vão pensar. Isso já me incomodou mais, hoje eu busco mesmo me blindar disso focando apenas no lado positivo e falando para aqueles que querem ouvir.

Expr.: Mudou do Rio para São Paulo. Como foi essa transição, o que mais gosta de fazer na capital paulista?
Cleo: Então, na verdade por conta da novela eu voltei a morar no Rio de Janeiro temporariamente, mas tenho o meu cantinho em São Paulo e, com o fim da novela, voltarei pra lá. Os meus hobbies variam muito de acordo com a minha fase (risos), hoje estou mais caseira, tenho amado ver séries, estar junto da família, não é uma rotina que muda muito quando vou à São Paulo.

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