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Sucesso como a vilã Fabiana em “A Dona do Pedaço” (Globo) a atriz comenta a polêmica personagem e relembra outras figuras maquiavélicas em seu currículo, como: Débora, em Malhação, Branca, em “Liberdade, Liberdade” e Silvia, em “Joia Rara” (Globo)!
Em uma fase para lá de intensa nas telinhas, com uma personagem que é a própria personificação do mal, Nathália Dill consegue mostrar seu talento mais uma vez em horário nobre. Nos próximos capítulos a vilã terá uma morte chocante, será esfaqueada e, até o final da novela, o mistério sobre quem matou a ex noviça será o fio condutor da trama.
Ao ver tanto talento o questionamento surge: Onde tudo começou? E como a maioria dos grandes atores brasileiros, a estreia de Nathalia nas artes cênicas foi através do teatro. Começou no ano de 2005 em produções como “A Glória de Nelson” e “Jogos na Hora da Sesta”. No ano seguinte foi convidada para participar da minissérie “Mandrake”, na emissora HBO, onde participou do episódio “Rosas Negras”. Já no ano de 2007 teve o seu primeiro papel como vilã na 15° temporada de “Malhação”, da Rede Globo.
A carreira de Nathalia não parou, em 2008 participou dos filmes “Feliz Natal” e “Apenas o Fim”. No ano seguinte participou do folhetim “Paraíso”, onde deu vida a personagem Maria Rita (Santinha), além da novela ter conseguido uma boa audiência, o casal que formava com o ator Eriberto Leão teve super aceitação do público.
O sucesso da atriz é reconhecido também por meio dos prêmios, como “Contigo!” de TV na categoria melhor atriz revelação, “Prêmio Jovem brasileiro”, como melhor atriz, “Prêmio Extra de Televisão”, melhor atriz em “Escrito nas Estrelas” e “Prêmio Aplauso Brasil”, em Fulaninha e Dona Coisa, fora as diversas indicações.
Acompanhe nossa entrevista com a atriz para saber mais sobre esse talento nacional:
Expressão: Começou sua carreira aos 19 anos, se apresentando em peças de teatro, como “A Glória de Nelson” e “Jogos na Hora da Sesta”. Como surgiu o amor pelas artes cênicas?
Nathalia Dill: Comecei a atuar no colégio. Naquela época, ainda não pensava que esta seria minha profissão. Com o passar do tempo, a paixão foi aumentando e sabia que queria esse caminho profissionalmente. Tanto que, na faculdade, escolhi o curso de Direção Teatral, da UFRJ.
Expr.: Filha de professores universitários teve apoio da família para seguir na dramaturgia? Conte-nos um pouco sobre os desafios desse início?
N.D.: O começo não é fácil. Mas eu tinha muita certeza do caminho que queria seguir, e fui em busca disso. Está dando certo (risos). Minha família sempre me apoiou e sem eles eu não teria chegado onde cheguei. O amor e apoio deles é fundamental.
Expr.: Atualmente está focada no folhetim “A Dona do Pedaço” (Globo), no qual sua personagem ‘Fabiana Ramirez/ Fabiana do Rosário’ é uma vilã que sempre tenta atrapalhar a vida da irmã ‘Virgínia’ (Vivi) interpretada por Paolla Oliveira. Como é viver uma personagem de múltiplas personalidades?
N.D.: Em um primeiro momento, ela mirou na Vivi porque cobiçava aquela vida de luxo e riqueza que a irmã tinha, enquanto ela foi criada em um convento. Mas a grande meta da Fabiana é se dar bem. Com isso, ela movimenta muitos núcleos da trama, está em contato com vários personagens e reage de uma maneira única com cada um deles. Isso é um desafio imenso porque, em um capítulo, mostro várias facetas da Fabiana. Ela não é nada previsível, e isso é muito bom de experimentar.
Expr.: Não é a primeira vez que faz uma vilã, lá no início da carreira, em Malhação, também deu vida a Débora, uma adolescente maquiavélica. O desafio é maior?
N.D.: E entre Débora e Fabiana, teve outras vilãs, como a Branca, de “Liberdade, Liberdade”, a Silvia, de “Joia Rara”… E cada uma delas representou um desafio diferente. Débora foi minha primeira personagem na TV, numa temporada de “Malhação”, que fez muito sucesso. Foi uma experiência muito boa para mim. Em seguida, vieram tantas personagens interessantes e que me transformaram. E agora estou aqui com Fabiana, que tem uma intensidade enorme. E acho que estar pronta para esse desafio é resultado de tudo que vou aprendendo na minha carreira. E também de como me abro para aprender a cada nova oportunidade.
Expr.: No último ano, viveu a mocinha empoderada Elisabeta em “Orgulho e Paixão”, inspirada na personagem de Elizabeth Bennet, de “Orgulho e preconceito”, de Jane Austen. Viver a personagem lhe abriu os olhos para a luta feminista?
N.D.: Eu sempre fui feminista. Interpretar uma personagem tão empoderada como a Elisabeta foi muito gratificante. E foi muito claro para mim como muita coisa ainda permanece tão parecido. Por isso, temos que continuar falando de feminismo, de igualdade, da busca por direitos igualitários. Acho que “Orgulho e Paixão” tratou disso de uma maneira muito bonita, inspiradora. Eu busco sempre aprender um pouco mais com as mulheres que passam na minha vida, conversando, lendo e atuando também. Viver a Elisabeta me ensinou demais.
Expr.: Em quais momentos entende que essas diferenças hierárquicas são facilmente percebidas em nosso cotidiano?
N.D.: Quantos chefes homens cada um de nós já teve em nossa carreira? E quantas chefes mulheres? Não é por falta de capacidade, é falta de oportunidade. A diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam uma mesma posição. Essas diferenças estão presentes na nossa formação social, e é preciso subverter isso.
Expr.: Como cuida da saúde do corpo e mente?
N.D.: Adoro fazer ioga e meditação. Além disso, mantenho uma rotina de exercícios de musculação. E cuido da alimentação com o acompanhamento da minha nutricionista, Gabriela Ghedini.
Expr.: Já recebeu Prêmio Contigo! de TV como melhor atriz revelação, Prêmio Jovem brasileiro, como melhor atriz, Prêmio Extra de Televisão, como melhor atriz em “Escrito nas Estrelas” e Prêmio Aplauso Brasil, em Fulaninha e Dona Coisa, fora diversas indicações. Como é ter tanto reconhecimento?
N.D.: Eu vejo o reconhecimento como um fruto do trabalho. E de um trabalho que é feito em equipe. Como atriz, entendo que meu trabalho é levar o público a embarcar comigo em uma história, fazer com que ele se envolva, se divirta e sinta. Fazer com que se conecte de alguma maneira. Quando as pessoas falam comigo na rua, nas redes sociais, comentam sobre a trama, a personagem, é um sinal importante de que está dando certo. Isso me deixa muito feliz e realizada com o trabalho. Acho que as indicações aos prêmios são uma consequência disso tudo.
Expr.: Nas telonas já foram oito produções, a última delas no longa “Incompatível”, interpretando Patrícia Bachhi. Tem projetos nos cinemas?
N.D.: Estou na expectativa para estreia de “Incompatível”. Foi um projeto muito gostoso de fazer. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2019.
Expr.: Posta alguns vídeos cantando no seu “Instagram” e, além de uma atriz talentosa, também é dona de uma linda voz. Já pensou em investir na carreira de cantora?
N.D.: Na verdade, não (risos). Eu adoro tocar o ukulele, compartilho um pouco disso no meu Instagram. Mas encaro mais como um hobby. Não é algo profissional.
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