Próxima parada: Tóquio 2020

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O Nadador Paralímpico Phelipe Rodrigues foi por sete vezes medalhista em Jogos Paralímpico e agora sonha em levar a medalha de ouro nas olimpíadas

A piscina entrou na vida do campeão de natação Phelipe Rodrigues, por indicação terapêutica, aos seis anos de idade devido a uma má formação do pé direito e,
logo se tornou sua paixão. Natural de Recife, o atleta da seleção brasileira de natação, conhecido mundialmente, conquistou sete medalhas de prata nos Jogos Paralímpicos:
em 2008, em Pequim, em 2012, em Londres e, em 2016, no Rio de Janeiro. Atualmente sua maior motivação é a conquista de uma medalha de ouro nos jogos paralímpicos de Tóquio 2020.

Expr.: Qual é a maior dificuldade de ser atleta paralímpico?
P.R.: A maior dificuldade é na adaptação, na hora do treino devido algumas deficiências físicas ou visuais. E também na captação de recursos, já que muitas empresas não querem associar a imagem da empresa com um deficiente físico. Com isso, basicamente, o atleta, desde a base, conta com o investimento da esfera pública.

Expr.: Qual foi sua maior conquista no esporte?
P.R.: Minha maior conquista no esporte foi ter ganhado quatro medalhas paraolímpicas nos Jogos Rio 2016, em especial a prata nos 50m livre. Essa conquista é emblemática para mim, porque na edição anterior, em Londres 2012, eu fiquei em quarto lugar por muito pouco.

Expr.: Quando foi que se apaixonou pela natação? Pensou em praticar outro esporte?
P.R.: Quando criança, meus pais sempre me incentivaram a fazer esporte. Tentei todos, mas o que eu mais me identifiquei mesmo foi a natação. Com 12 anos eu comecei a competir e a ganhar medalhas, foi ai que eu me apaixonei mesmo pelo esporte. Nessa época eu competia só com atletas sem deficiência e ganhava de muitos. Mais tarde que passei a participar de competições paralímpicas.

Expr.: Pratica meditação?
P.R.: Sempre o que me mantém forte é saber que eu ainda posso melhorar amanhã o que eu sou hoje. Pratico técnicas de concentração e de relaxamento uma ou duas vezes por semana e faço muito trabalho de visualização não só da prova que vou competir, mas da
visualização técnica de tudo que tenho que desempenhar naquela prova.

Expr.: No ano de 2018 defendeu sua equipe universitária de Nothumbria na Grã-Bretanha e abriu a temporada competitiva participando do BUCS, British Universities & College Sport Long Course em Sheffield, com duas vitórias e uma medalha de bronze. Como foi ter começado o ano com três conquistas?
P.R.: Foi maravilhoso, ainda mais porque eu gosto de participar de competições. Hoje eu treino muito bem, mas quando chego a uma competição eu mudo totalmente para melhor.
E nadar bem no início da temporada é sempre muito mais motivante, sabendo que durante as férias eu consegui aproveitar bastante e manter a forma para que não voltasse a treinar do zero.

Expr.: Acredita que em 2020, em Tóquio, consiga conquistar o sonho da medalha de Ouro?
P.R.: Esse é o meu sonho. A única medalha que falta para o meu currículo e venho desde 2017 trabalhando para isso, quando iniciamos o ciclo para Tóquio, focando na minha melhor performance no dia da minha prova em 2020.

Expr.: Já sofreu algum tipo de preconceito no meio esportivo?
P.R.: Sim. Eu compito em algumas competições olímpicas, a gente chama de convencional, com frequência para ter o maior número de provas na minha temporada. E, algumas vezes, a minha presença foi questionada no meio dos outros atletas ‘normais’, mesmo competindo
de “igual para igual”. Mas, eu vou lá, nado, faço o meu trabalho e estou mais preocupado em melhorar sempre o meu tempo. Já em relação a preconceito no meio esportista paralímpico, nunca houve. Os atletas paralímpicos se respeitam e muito. Todos sabem suas limitações e deficiências e até gostam de aprender sobre outras, então eles acabam aprendendo mais sobre o universo da pessoa com deficiência física, se abrem para ouvir e somos até bem engraçados, a gente faz piada de tudo.

Expr.: Já pensa em aposentadoria, ou quer continuar com a carreira por muito tempo?
P.R.: Em aposentadoria não, mas começar uma família e também a formatar a minha vida profissional fora da natação depois de Tóquio 2020, sim. Irei continuar nadando até onde der. Afinal é uma coisa que eu amo!

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