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Por Gabrielle Marinelli
Foto Rodrigo Lopes

Atriz e jornalista trata de temas polêmicos em Malhação!

A jovem atriz Joana Borges, que também é jornalista encara seu terceiro trabalho na nova temporada de “Malhação”. Joana é Verena, atleta de ginástica rítmica que sonha em ir para as Olimpíadas, Verena já enfrentou o assédio de um professor da escola e um relacionamento abusivo com o ex-namorado. Para interpretar a atleta, a atriz capixaba fez aulas de ginástica rítmica, alongamento e musculação, além de ter mudado a alimentação.

Expressão: Como é fazer um papel que trata de um tema tão denso, como relacionamento abusivo e assédio?
Joana Borges: É um desafio e uma honra poder levantar essas questões, infelizmente tão comuns. As pessoas precisam estar mais esclarecidas sobre esses temas e aprender a respeitar o espaço do outro, sem invadir, sem desrespeitar. Recebi muitas mensagens de meninas e também de alguns meninos que já sofreram algum tipo de abuso, e fico feliz de as pessoas verem em mim uma pessoa com quem elas podem se abrir e falar de algo tão íntimo. Imagino o quão difícil seja falar sobre isso.

Exp.: Foi difícil o teste para participar do Elenco de “Malhação: Vidas Brasileiras’’?
J.B.: Não foi fácil! Foram meses de seleção e estávamos sendo constantemente avaliados. Tinha muita gente talentosa. Apesar da expectativa e um certo nervosismo, foi muito prazeroso. A preparadora Cris Moura é maravilhosa e tive a oportunidade de mostrar um lado mais ousado como atriz e me arriscar mais. Independentemente do resultado, foi uma experiência que rendeu muito aprendizado.

Exp.: Tem a chance de atuar ao lado de atrizes renomadas como a Camila Morgado, Como está sendo essa experiência?
J.B.: É sempre bom atuar com atores mais experientes e na Malhação isso acontece bastante. Letícia Isnard, Camila Morgado, Carmo Dalla Vecchia, Ana Beatriz Nogueira, Nicette Bruno. Muita gente boa já passou por lá! Aprendemos com a calma desses atores, observando suas propostas em cena ou mesmo só de olhá-los à vontade, divertindo-se ao atuar frente às câmeras. Acredito que a experiência traz relaxamento, disponibilidade para ousar, ir além do texto. Isso é lindo!

Exp.: Como foi escrever o livro: ‘’Esta não: Um retrato de crianças e adolescentes fora do perfil de adoção no Brasil’’?
J.B.: Tive um insight depois de uma reportagem que fiz com amigos para um programa de rádio. Queríamos fazer sobre um tema que tínhamos curiosidade e percebi que, pouco ou nada, sabia do sistema de adoção no Brasil. Depois de concluída essa reportagem, percebi que queria continuar a pesquisa, conhecer mais pessoas, histórias e acabou virando tema do trabalho de conclusão de curso de jornalismo e do livro. Foi cerca de um ano e meio estudando as leis, tirando dúvida com juízes e advogados e conhecendo histórias de famílias adotivas.

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