Sempre focada em seus objetivos, a atriz Maria Casadevall começou a trabalhar em propagandas publicitárias com 16 anos de idade. Depois se dedicou às artes cênicas de interpretação no cinema e na TV. Além de fazer curso na Escola de Atores de Wolf Maya.
Mas não para por aí, sua carreira começou em 2009, participando de peças teatrais. Após assinar contrato com a Rede Globo sua carreira decolou e não parou mais, estreou na televisão na minissérie “Lara com Z”. Em 2013 entrou para o elenco de “Amor à Vida”, onde fazia par icônico e romântico com Caio Castro.

Casadevall atuou em diversas outras produções como a novela “I Love Paraisópolis” e na série “Os Dias Eram Assim”, junto com Renato Góes, também em Ilha de Ferro. E logo em seguida estreou na Netfl ix com a série “Coisa Mais Linda”. Foi ainda sucesso absoluto na
série Lili, a Ex do GNT e na série Vade Retro (Globo). Isso sem falar nas atuações em “Mulheres Alteradas” e “A Garota da Moto”, sendo protagonista nas telonas.

E para incorporar ainda mais esse extenso currículo Casadevall vem com sua personagem, em “Rio Connection”, (Globoplay). Confi ra nosso batepapo e fique por dentro de tudo.

Expressão: Ambientada nos anos 1970, a série “Rio Connection” (Globoplay) apresenta a história de três criminosos europeus, que estabeleceram no Brasil um ponto estratégico do tráfico de heroína para os Estados Unidos. Você interpreta Lily, uma artista plástica e falsificadora de quadros. Como foi a preparação para a personagem?
Maria Casadevall: A maior parte da preparação e construção de personagens aconteceu, de fato, na sala de ensaio através de um método chamado “LUCID BODY” aplicado pelo preparador de elenco Thiago Félix, tivemos um tempo de qualidade para os ensaios, com todo elenco reunido, experimentado cena por cena. Em paralelo a isso, entrei em contato com obras de artistas (plásticas sobretudo) mulheres da época, ou que inspiraram a estética e atitude da época aqui no Brasil como, por exemplo, a revolucionária Pagu, que Lilly tinha como inspiração, entre outras artistas brasileiras e estrangeiras. Outras fontes de pesquisa foram também filmes da época como “O Demônio das Onze Horas” do Godard, ou filmes que evocam a época como “Os Sonhadores” do Bertolucci.

Exp.: Foi um desafio interpretar na língua inglesa? Chegou a estudar o idioma fora do Brasil? Conte-nos um pouco sobre essa experiência.
M. C.: Sim, eu já tinha passado pela experiência de morar em um país de língua inglesa, a Austrália, ainda muito nova, aos 19 anos, por um ano, contexto em que pude aprender o idioma, e, desde essa experiência, sempre busquei aprimorar o aprendizado através de leitura, filmes, períodos de aulas e etc. Por volta de um ano antes de filmar a série, eu havia passado uma temporada de três meses na cidade de Londres, na Inglaterra, estudando em uma escola de interpretação e improviso onde todo o curso foi feito em inglês.

Exp.: Já é uma atriz consagrada. Existe, ainda, algum desafio que você deseja romper como atriz?
M.C.: Sim, muitos. O desafio de estar em cena interpretando um roteiro escrito por mim é um deles.

Exp.: Como você definiria a Maria Casadevall hoje? Qual seu maior sonho?
M.C.: Acredito que hoje eu compreenda com mais tranquilidade e, cada vez mais, com propriedade e firmeza a liberdade de não se definir. Meu maior sonho é transformar com o meu fazer, é sempre poder reconhecer na arte esta ferramenta potente de resistência e afirmação, tanto do ser quanto de um povo, meu sonho é nunca deixar de reconhecer a força criativa que existe dentro do viver.

Exp.: Como é a sua rotina? O que gosta de fazer para se divertir?
M.C.: Tenho pouca rotina, mas gosto de acordar cedo, de preferência para ver o dia nascer, e para me divertir gosto de estar entre afetos, cantando e trocando boas ideias.

Exp.: Você já deu vida a personagens icônicos em séries, como “Lili, em a Ex (GNT), Os Dias Eram Assim, Vade Retro, Ilha de Ferro (Globo), Coisa Mais Linda (Netflix)”. Além de protagonizar também muitas novelas, filmes e teatros. Existe alguma produção pelo qual seu coração bateu mais forte?
M.C.: Impossível escolher um único trabalho, só sei fazer o que eu faço com o coração batendo forte, tenho muito respeito e admiração por cada história contada e por cada mulher representada dentro dela.

Exp.: Em suas redes sociais, a exemplo do Instagram, com mais de um milhão de seguidores, há o quadro “Em Prosa”, no qual fala sobre você, seus trabalhos e memórias. Foi uma ideia sua?
M.C.: Foi sim, uma ideia minha gestada e construída com a minha grande parceira de trabalho e empresária Luciana Pimentel em que, aos poucos, fomos agregando novas mentes para ajudar nessa tarefa, priorizando o trabalho de mulheres atrás das câmeras, como a diretora Renata Sauda e a montadora Thaissa Rios.