Emanuelle Araújo

A atriz, cantora e compositora Emanuelle Araújo completa 30 anos de carreira no mesmo ano em que está envolta com uma nova missão, o de interpretar o papel de Velma Kelly no musical da Broadway “Chicago”. “Estou muito animada para este projeto e já comecei o ano em preparação total. Aulas de ballet e canto. Treinos para melhora de resistência física também”, lembra, Emanuelle que estreou em 2006 na telenovela “Pé Na Jaca” (Globo) como a fofoqueira Clotilda.
Natural de Salvador/BA, Emanuelle no ano de 1999 foi consagrada como vocalista da Banda Eva – uma das bandas mais conhecidas do Brasil, mais tarde fundou a Banda Moinho, ao lado da percussionista Lan Lanh e do violinista e arranjador Toni Costa.
Em 2006 filmou um dos filmes de maior sucesso do Brasil, ‘’Ó Paí, Ó’’, tendo também participado de longas como ‘’SOS Mulheres ao Mar” e ‘’Até que a Sorte nos Separe 3’’. Em abril do mesmo ano, lançou o novo CD da Banda Moinho e em 2016, lançou seu primeiro álbum solo ‘’ O Problema é a Velocidade ’’.
Em fevereiro de 2020, lançou seu segundo álbum solo “Quero viver sem grilo – uma viagem a Jards Macalé”. Hoje, concilia suas carreiras de atriz e cantora.
Emanuelle Araújo também está na plataforma Netflix, como protagonista da série brasileira ‘’Samantha!’’, que está disponível em 190 países do mundo.
Além de falar sobre a carreira, a multitalentosa artista revelou como foi a experiência de ser mãe aos 17 anos, futuros projetos, cuidados com o corpo e muito mais! Confira a entrevista completa:

Expressão: Iniciou na carreira artística com apenas 10 anos de idade fazendo teatro e alguns musicais. Como descobriu que a arte fazia parte da sua vida?
Emanuelle Araújo: Gosto de Arte desde criança. Comecei em casa cantando com meu pai e tendo muito interesse por tudo que era artístico-cultural. Após a entrada na cia Interarte aos 10 anos, fui experimentando e me aprimorando em ser artista e tendo a certeza que esse era o caminho a seguir. Hoje são 30 anos de carreira profissional e muito ainda a aprender e realizar

Expr.: Um dos seus próximos desafios será na montagem brasileira do musical “Chicago”, sucesso da Broadway, que teve sua estreia em 1975. No musical, interpretará o papel de Velma Kelly. Como está sendo fazer parte deste projeto?
E.A.: Estou muito animada para este projeto e já comecei o ano em preparação total. Aulas de ballet e canto. Treinos para melhora de resistência física também. Em abril começamos os ensaios oficiais e estreamos em junho. Será delicioso voltar ao teatro com este espetáculo potente e esta personagem que tem o feminino tão poderoso.

Expr: No filme “Bingo – O Rei das Manhãs” (2017), interpretou a consagrada cantora Gretchen. Qual foi a experiência de atuar na sétima arte, dando vida a uma personalidade tão marcante?
E.A.: O cinema tem sido um espaço de grande realização na minha carreira. Este ano tenho três longas a serem lançados e um em produção. O Bingo foi um marco na minha carreira. Trabalhar com o grande cineasta Daniel Rezende me ensinou muito e interpretar a Gretchen foi um desafio que me exigiu muito estudo e trabalho. Fiquei muito feliz com o resultado e também feliz com a resposta do público

“Diante de todos estes terríveis desafios que vieram com a pandemia, fica mais claro para mim o quanto precisamos
nos cuidar de dentro para fora”

Expr.: Recentemente, lançou seu segundo álbum solo “Quero Viver sem Grilo” em todas as plataformas digitais…
E.A.: Sim eu sempre gostei de investir em todas as áreas artísticas. Algo que faço não só pelo resultado, mas pelo prazer que o processo me dá. Meus trabalhos musicais são preciosos para mim. Este segundo disco é um projeto antigo sobre homenagear Jards Macale e um prazer imenso vê-lo circulando pelo mundo. Gosto de estar atuando e cantando ao mesmo tempo. Existem períodos em que preciso ficar mais em um seguimento pela demanda dos trabalhos e respeito isso. Porém, sou uma interessada em processos artísticos.

Expr: Ainda sobre sua trajetória, em 2006 estreou sua primeira novela na Rede Globo, ‘Pé na Jaca’, que lhe abriu portas para outras tantas produções na telinha como: ‘A Favorita’ (Globo), “Cordel Encantado” (Globo), “Cama de Gato” (Globo), Três irmãs (Globo) e tantas outras. Como foi essa experiência inicial?
E.A.: Adoro fazer novela. É um processo muito interessante e desafiador para os atores. Muitos meses de trabalho. Muitas cenas por dia. Pelo fato de ser obra aberta, a televisão traz grande experiência para a concentração e troca com o público. Tive sorte de ter tido ótimos personagens em dez novelas que sempre me trouxeram muitas alegrias.

“O cinema tem sido um espaço de grande realização na minha carreira.
Este ano tenho três longas a serem lançados e um em produção. ”

Expr.: Foi mãe na adolescência aos 17 anos, quais foram os desafios de ter vivenciado essa experiência tão cedo?
E.A.: Claro que foi desafiador a maternidade precoce. Porém, é a maior dádiva e base para tudo na minha vida. Ser mãe me trouxe estrutura e foco. Além da benção que é minha filha que desde pequena me ensina, estimula e amplia não só como mãe, mas como mulher e ser humano.

Expr.: No auge dos seus 44 anos, ainda assim aparenta possuir metade da idade. Conta para a gente como é o seu ritual de tratamentos de beleza, malhação e alimentação saudável?
E.A.: Me cuido bastante. Com alimentação, exercícios e muito atenta ao meu sono. Não faço isso só por estética, mas, principalmente, por saúde.
Este ano, diante de todos estes terríveis desafios que vieram com a pandemia, fica mais claro para mim o quanto precisamos nos cuidar de dentro para fora.
Não adianta só pensar em procedimentos estéticos, precisamos pensar sobre o que comemos, como vivemos. Respirar bem. Algo que parece simples, mas que muda todo o sistema quando trabalhando profundamente. Viver bem e em equilíbrio é a maior dica de beleza.

Expr.: Então não realiza procedimentos estéticos?
E.A.: Não sou a favor de procedimentos estéticos invasivos. Usufruo daquilo que não me agride, sou a favor e sinto que funciona mais o tratamento de dentro para fora. Este sim é infalível.